O BC (Banco Central) optou nesta quarta-feira (5) pelo quinto corte consecutivo da taxa básica de juros, que agora figura no patamar de 4,25% ao ano. Desde que iniciou a tendência de queda, em setembro de 2016, a Selic já caiu 10 pontos percentuais, movimentação que reduziu significativamente o custo de empréstimos, financiamentos e crediários.
 
Confira a seguir as simulações desenvolvidas pelo diretor-executivo da Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade), Miguel Ribeiro de Oliveira.
 

• O alívio mais significativo no bolso dos consumidores é observado no financiamento de automóveis. Os cálculos apontam que quem comprou um carro popular de R$ 40 mil em 60 parcelas com a Selic a 14,25% ao ano arcou com R$ 74.668 ao final das mensalidades. Atualmente, um financiamento com os mesmos moldes fica 19,6% mais em conta, com o valor final de R$ 60 mil.
   
• No comércio, os populares crediários também estão mais vantajosos. A compra de uma geladeira de R$ 1.500 em 12 prestações, por exemplo, ficou 5,75% mais em conta, com cada um dos pagamentos R$ 10,21 menor. O valor resulta em uma economia final de R$ 122,53.

 

• O corte da Selic fez também com que as taxas dos empréstimos pessoais caíssem de 4,65% para 3,38% no período de quatro anos. Com a redução, quitar uma contratação de R$ 5.000 em 12 meses diminuiu R$ 471,28, de R$ 6.636,55 para R$ 6.165,27.

 

• No período de quatro anos, os juros do cartão de crédito rotativo saíram de 15,29% ao ano para 11,38% ao ano. Significa dizer que uma dívida de R$ 3.000 persistente por 30 dias na modalidade resulta em um desembolso R$ 117,30 menor para os consumidores.

 

• Os adeptos ao cheque especial não têm muitos motivos para celebrar a redução da Selic, que pouco alterou os juros da modalidade. A utilização por 20 dias de R$ 1.000 no cheque especial sofria com juros na casa dos 12,16% (R$ 81,07) em 2016. Hoje, a taxa segue alta, em 11,55% ou R$ 77 para o período de 20 dias.