O governo pretende ampliar as facilidades para o uso de imóveis como garantia em uma nova linha de empréstimo. Para isso, o Ministério da Economia cogita criar uma central de garantias imobiliárias, que deverá informar aos bancos qual o valor dos ativos que determinado cliente poderia dar como lastro. Para os correspondentes, a  iniciativa é uma boa oportunidade de negócios, e significa que estes profissionais devem se preparar para atender a demanda que vai surgir.
 
O objetivo é destravar a oferta de empréstimo e financiamentos mais baratos. Na prática, o modelo que está sendo formulado permitirá que um mesmo imóvel seja dado como garantia em mais de uma operação, o que hoje não é permitido pela lei fiduciária. O ativo será alienado para essa central que fará a gestão das garantias. Pelo o que já se sabe, a central deve ser uma empresa privada criada pelo próprio mercado. O cálculo será feito a partir do montante devido no empréstimo e o valor do ativo. Só assim o cliente poderá contratar novos financiamentos.
 
Como resultado, todo o mercado poderá ter acesso às garantias e oferecer empréstimo conforme o valor que estiver disponível. Segundo o Banco Central, que também está a par das discussões junto ao ME,  há um mercado potencial de R$500 bilhões no Brasil para essa modalidade.
 
O passo a passo, no entanto, não está definido. A ideia consta apenas no papel, por enquanto. Mas é provável que haja alterações na lei fiduciária. Além disso, se começar a funcionar, de fato, a demanda tende a ser grande, já que empréstimos com garantia são mais baratos. Boa notícia para os correspondentes, sem dúvida.
 
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