De acordo com os dados divulgados pelo Banco Central, a taxa média cobrada pelo cheque especial de pessoa física chegou a 311,9% ao ano, em maio, passando a ser a modalidade de crédito com os maiores juros do sistema financeiro brasileiro. Ultrapassando a taxa média do rotativo do cartão, que liderava com 303,6% no período.
 
Grande parte dos consumidores que usa o cheque especial desconhece esses tipos de taxas. Pesquisa realizada pelo SPC Brasil mostra que 63% não sabem quanto pagam de juros e 46% recorrem ao cheque especial todos os meses, sendo que 34% dos consumidores usam para imprevistos e 23% pagam dívidas em atraso. Para Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil e responsável pelo estudo, de forma em geral, esses dados mostram que um bom número de pessoas não faz ideia do que é o cheque especial e seu impacto negativo.
 
Para os correspondentes devidamente certificados, esse é o momento para oferecer empréstimo consignado aos seus clientes, baixando assim as taxas de juros e diminuindo o endividamento das pessoas. Segundo os dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgados em abril, ao todo, são em torno de R$ 24 bilhões que os brasileiros devem no cheque especial, grande parte do endividamento se deve ao juros alto, um empréstimo de R$ 1.000, por exemplo, em torno de um ano viraria R$ 4.119 já no crédito pessoal passaria para R$ 1.392 no mesmo período.
 
Veja mais detalhes em https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,cheque-especial-vira-a-opcao-mais-cara-de-credito-maioria-desconhece-taxa,70002373070