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Imprensa
Juro menor para Plano Safra causa divergência

Com o volume de recursos para o novo Plano Safra praticamente definido, perto de R$ 200 bilhões, semelhante ao do ano passado, o esforço do Ministério da Agricultura agora é para sensibilizar a pasta da Fazenda a baixar o juro do crédito agrícola — principal ponto de divergência.

 

Na abertura da Agrishow 2017, ontem, em Ribeirão Preto (SP), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou que está buscando espaço fiscal para reduzir as taxas junto ao Banco Central.

 

— A agricultura já pagou nesta safra juro real de 3% ao ano. A permanecer o juro pretendido, teríamos hoje taxa real de 5% ao ano (descontada a inflação), o que não é condizente com a atividade agropecuária — disse Maggi.

A taxa praticada na agricultura empresarial na atual safra varia de 8,5% a 10,5% ao ano. O ministro evitou especular qual seria o índice ideal para não comprometer a renda do produtor:

 

— Depois que você fala algum número, vira uma meta, que daí ninguém vai querer perder. Por isso, vamos trabalhar sem meta.

 

Segundo o ministro, o martelo sobre a taxa de juro para a próxima safra será batido em novas reuniões com o Ministério da Fazenda ao longo do mês. O plano agrícola 2017/2018 deverá ser apresentado até o final de maio, para entrar em vigor a partir de julho. O principal argumento defendido pelo setor para a queda do juro é de que a inflação caiu no último ano, assim como a taxa básica de juro, a Selic.

 

— A inflação está controlada, e isso deve-se especialmente ao choque de oferta de alimentos que o Brasil produziu, abastecendo a pleno o mercado — disse João Carlos Marchesan, presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), uma das entidades organizadoras da Agrishow.

 

Para o dirigente, tão importante quanto a redução do juro, é ela continuar sendo fixa, sem ser atrelado à Selic, por exemplo.

 

— O agronegócio precisa de taxa fixa e juro civilizado — resumiu Marchesan.

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