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Imprensa
SPC: 75% dos inadimplentes não resolvem situação com crédito para limpar o nome

Segundo pesquisa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), 15% da população inadimplente ou que esteve nessa situação nos últimos doze meses, já fizeram empréstimos com financeiras que fornecem crédito a negativados. De acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), que também faz parte do estudo, esse número sobe para 23% para inadimplentes com 55 anos ou mais. Ainda segundo o documento, sete em cada dez pessoas (75%) que pegaram empréstimo para limpar o nome não resolveram a situação financeira.
 
Muitos consumidores acreditam que o empréstimo é o único caminho que resta para sair do endividamento e limpar o nome; porém, a pesquisa mostra que as taxas de juros podem agravar ainda mais o problema. Em alguns casos, elas chegam a ser maiores até mesmo do que aquelas cobradas pelo atraso no pagamento de outras modalidades de empréstimo como o cartão de crédito e o cheque especial — explica Marcela Kawauti, economista-chefe do SPC Brasil.
 
Para Ricardo Teixeira, professor do MBA de Gestão Financeira da FGV, antes da pessoa fazer um empréstimo para limpar o seu nome, é preciso avaliar a possibilidade de vender algum bem para evitar novas despesas.
 
—Se a pessoa não tiver nenhum bem que possa vender para ajudar com os custos dos juros e quitação da dívida, é preciso entrar em contato com a instituição financeira e negociar com eles, mostrar a sua realidade. Não é interessante fazer uma negociação que não vá poder cumprir. É importante tentar ir além do que eles vão oferecer de desconto da dívida, mesmo que eles abaixem o valor. Tentar levar essa taxa de juros menor possível.
 
Para evitar o aperto financeiro, o professor indica poupar pelo menos 20% do salário líquido, uma forma de garantia para possíveis surpresas no meio do caminho.
 
—Vai ter determinada hora que vão precisar se divertir e gastar um pouco mais, ou mesmo precisarão de algum dinheiro para os contratempos. Se não consegue poupar 20%, tenta 15% ou mesmo 10%. É preciso poupar para não se endividar — indica.
 
Segundo o especialista em finanças Alexandre Prado, falta investimento na educação financeira dos brasileiros, não havendo uma disciplina institucionalizada que faça parte de políticas públicas de ensino desde o início da vida escolar.
 
—Esta matéria deveria fazer parte do conteúdo básico desde o início da educação escolar. Um outro erro que contribui para o endividamento é quando a pessoa não sabe quanto ganha nem quanto gasta. É preciso planejamento — garante.
 
Ainda de acordo com o especialista, comparar taxas de juros em diferentes instituições, ler o contrato com atenção, e desconfiar de empresas que oferecem muitas facilidades são alguns dos pontos importantes antes de solicitar um empréstimo.

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