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Clipping
Mais ágil, Pix ganha espaço no comércio popular de São Paulo

Fonte: Agora - 02/08/2021 às 11h08

A utilização do Pix como meio de pagamento tem crescido no comércio popular desde novembro, quando foi lançado pelo Banco Central. Em alguns casos, a ferramenta já responde por quase a metade dos pagamentos feitos à vista.
 
O Pix é uma transação feita pelo celular ou computador, e que é concluída em poucos segundos, mesmo aos fins de semana e feriados e para bancos diferentes. Para a pessoa física que faz o pagamento, não há taxas. No caso dos pequenos comerciantes que usam o Pix nas modalidades transferência ou QR Code, a maioria dos grandes bancos comerciais não cobra tarifas.
 
A instantaneidade e a praticidade do Pix são os principais atrativos para o consumidor. Para os vendedores, a vantagem é a ausência das taxas —o que não ocorre, por exemplo, nas transações com cartão de débito ou crédito.
 
A comerciante Larissa Pereira Censi, 26 anos, vende lanches naturais e marmitas fit na porta da estação Largo Treze do metrô, na zona sul de São Paulo. Segundo ela, cerca de 40% das suas vendas são pagas no Pix.
 
“É muito prático. Tem vezes que os clientes, de dentro do metrô, fazem o Pix no valor do produto que querem e, ao chegar aqui, só mostram o comprovante e levam o que querem. É uma agilidade maior”, diz.
 
Gerente de loja de roupas na mesma região, Verônica Macedo da Silva, 37 anos, diz que, por lá, o percentual dos que usam o Pix para pagar é menor, de 5%. Entretanto, afirma que a procura por esse meio de pagamento vem crescendo.
 
Enquanto a reportagem do Agora estava na loja em que Verônica trabalha, a manicure Fernanda Chaves chegou ao local para fazer uma compra e, na hora de pagar, escolheu o Pix.
 
“É bem melhor, pois não precisa ficar andando com cartão. E eu sempre tento negociar um desconto”, diz. Fernanda conta que no seu trabalho como manicure cerca de 50% das clientes pagam com o Pix.
 
O vendedor Frank Wallace Samele, 23, que trabalha em uma loja de acessórios para celular, afirma que, por lá, a nova ferramenta é responsável por cerca de 10% das vendas. “Muita gente ainda não conhece muito sobre o Pix, então acaba preferindo os cartões.”
 
A comerciante Anália Souza, 44 anos, dona de uma loja de instrumentos musicais, avalia que há uma tendência de aumento no uso do Pix no comércio, mas acredita que o medo de fraudes ainda faz com que parte dos clientes prefira os meios tradicionais de pagamento.
 
Segundo o conselheiro-executivo da Alobrás (Associação de Lojistas do Brás), Lauro Pimenta, cerca de 40% dos pagamentos à vista na região do Brás são feitos com o Pix. “Para o comerciante, é muito bom, porque quanto mais pagamentos à vista, melhor, já que há mais capital de giro. A gente estimula o uso do Pix e reverte em desconto para o cliente”, diz.
 
A economista Kelly Carvalho, da FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), avalia que a tendência é de aumento gradativo no uso do Pix no comércio, com destaque para o ecommerce. “Nas lojas virtuais, o Pix tem substituído o boleto. Por conta da agilidade com que o dinheiro cai na conta do vendedor, tem até diminuído o tempo da entrega.”
 
A tendência de crescimento no uso desse meio de pagamento também é compartilhada por Ulisses Ruiz de Gamboa, da Associação Comercial de São Paulo.
 
Bancos podem aplicar tarifas para comerciantes
 
Apesar de o Pix ser gratuito para a pessoa física que faz o pagamento, os bancos podem cobrar taxas das empresas que utilizam essa ferramenta para receber.
 
Porém, segundo as maiores instituições financeiras do país, geralmente essa cobrança não é feita para o pequeno comerciante.
 
No Santander, o lojista que recebe via Pix por transferência com a chave ou QR Code não é tarifado. As taxas são aplicadas a empresas maiores, que usam soluções mais complexas, como em grandes redes.
 
A Caixa diz que, no momento, “todas as transações Pix, tanto para pagamentos quanto para recebimentos, também estão sendo oferecidas de forma gratuita”, mesmo nos casos envolvendo empresas.
 
O Itaú diz que iniciou a tarifação do Pix para pessoas jurídicas em julho, mas que os recebimentos via QR Code seguem sem cobrança. Clientes MEI (Microempreendedores Individuais) não são cobrados em qualquer transferência com Pix.
 
No Banco do Brasil, as pessoas físicas, microempreendedores (MEI) e empresários individuais que recebem recursos via Pix não são tarifados.
 
O Bradesco informa que, para clientes pessoa jurídica, “é praticado o valor negociado ou descrito na tabela de tarifas” divulgada pelo banco. Há carência inicial de até seis meses, dependendo do acordo.

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