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IPCA sobe 0,83% e tem maior taxa para maio desde 1996

Fonte: Valor Econômico - 10/06/2021 às 11h06

Fonte: Valor Econômico
 
A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou de 0,31% em abril para 0,83% em maio, a maior taxa para o mês desde 1996, quando foi de 1,22%. As informações foram divulgadas nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio de 2020, o IPCA teve deflação, de 0,38%.
 
A taxa de maio de 2021 ficou acima da mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de um avanço de 0,70%. O resultado ficou fora do intervalo das projeções, que iam de 0,60% a 0,76%.
 
Pelo indicador acumulado em 12 meses, o IPCA acelerou para 8,06% em maio, acima dos 6,76% acumulados até abril. É a maior taxa para o acumulado em 12 meses desde setembro de 2016, quando foi de 8,48%.
 
O resultado ficou acima do centro da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central (BC) de 3,75% para 2021 - sendo que a meta tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos. Para o resultado em 12 meses, a mediana das estimativas do Valor Data era de 7,92%, com projeções entre 7,85% e 7,98%.
 
A energia elétrica subiu 5,37% e foi o maior impacto individual para a inflação no mês: o item respondeu por 0,23 ponto percentual da alta de 0,83% do IPCA. Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Houve também influência de reajustes em algumas regiões.
Grupos
Das nove classes de despesas usadas para cálculo do IPCA, oito tiveram aceleração na passagem entre abril e maio. A exceção foi o grupo de Saúde e cuidados pessoais, cuja taxa passou de 1,19% para 0,76% de avanço.
 
Com alta mais marcada entre um mês e outro, apareceram alimentação e bebidas (0,40% para 0,44%), habitação (0,22% para 1,78%), artigos de residência (0,57% para 1,25%), vestuário (0,47% para 0,92%),, despesas pessoais (0,01% para 0,21%), educação (0,04% para 0,06%) e comunicação (0,08% para 0,21%). Transportes deixaram baixa de 0,08% para elevação de 1,15%.
 
Entre as classes de despesas, o maior impacto em ponto percentual no IPCA de maio de 2021 partiu do grupo Habitação, com alta de 1,78%, que respondeu por 0,28 ponto percentual da alta de 0,83%. Isso reflete a alta de 5,37% da energia elétrica, que foi o maior impacto individual no índice do mês (0,23 ponto percentual.).
 
Em maio, passou a vigorar a bandeira tarifária vermelha patamar 1, que acrescenta R$ 4,169 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Entre janeiro e abril, estava em vigor a bandeira amarela, cujo acréscimo é menor (R$ 1,343). Houve também influência de reajustes em algumas regiões.
 
Com incremento de 1,15%, o grupo transportes (1,15%) teve impacto de 0,24 ponto percentual. A gasolina subiu 2,87% e foi o maior impacto individual no grupo (0,17 ponto percentual). Em abril, os preços haviam recuado em abril (-0,44%). No ano, o combustível acumula alta de 24,70% e, em 12 meses, de 45,80%. Os preços do gás veicular (23,75%), do etanol (12,92%) e do óleo diesel (4,61%) também subiram em maio.
 
Difusão
 
Excluindo os alimentos da cesta de produtos e serviços que compõem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em maio, a inflação se espalhou por mais itens no período.
 
Pelos cálculos do Valor Data considerando todos os números da coleta, o chamado Índice de Difusão geral, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços passou de 65,5% em abril para 64,5% um mês depois.
 
Sem alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador mostrou uma maior abrangência das altas de preços, indo de 64,1% para 67,9%, maior nível do ano, abaixo apenas de dezembro (69,4%).
 
O IBGE calcula a inflação oficial brasileira com base na cesta de consumo das famílias com rendimento de uma 40 salários mínimos, abrangendo dez regiões metropolitanas, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

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