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Governo eleva de 3,2% para 3,5% estimativa de alta do PIB em 2021 e vê inflação mais alta

Fonte: G1 - 19/05/2021 às 10h05
O Ministério da Economia elevou de 3,2% para 3,5% a expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021.
 
A informação foi divulgada nesta terça-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica da pasta, por meio do Boletim Macrofiscal.
 
O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
 
Para o ano de 2022, a previsão oficial de alta do PIB do governo federal foi mantida em 2,5%.
 
As expectativas para o nível de atividade foram feitas em meio à pandemia de Covid-19. Nos primeiros meses deste ano, o número de contaminados subiu, assim como as mortes, caracterizando uma segunda onda no país.
 
"Deve-se salientar que a incerteza nas estimativas atuais ainda permanece significativamente elevada. Ademais, as projeções da atividade para este e para os próximos anos tornam-se particularmente sensíveis à divulgação dos dados e ao desenrolar dos efeitos da Covid-19 e do processo de vacinação, principalmente considerando os seus efeitos no PIB de longo prazo", informou o Ministério da Economia.
 
- A expectativa do mercado financeiro, apurada na semana passada, é de que o PIB tenha uma alta de 3,45% em 2021.
- Em março, o BC estimou um alta de 3,6% para o nível de atividade neste ano. Na semana passada, avaliou que o segundo semestre do ano deve mostrar uma "retomada robusta da atividade".
- Em 2020, a economia brasileira registrou um tombo de 4,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior recuo anual da série iniciada em 1996.
 
Economia mundial
 
Segundo o Ministério da Economia, apesar da maior divergência na expectativa de crescimento entre os países, há melhora do PIB global, puxada pelos países desenvolvidos.
 
Os bons resultados da atividade brasileira no começo deste ano, de acordo com o ministério, indicam que a economia manteve a tendência de crescimento, apesar do fim do auxílio emergencial.
 
"O cenário global mais favorável, embora ainda incerto, afetará positivamente o Brasil ao longo de 2021. Os indicadores econômicos no primeiro bimestre deste ano mostram que a atividade brasileira, a despeito do fim do auxílio emergencial, permaneceu em trajetória de elevação", informou.
 
"Dessa forma, a manutenção da agenda de consolidação fiscal e das reformas estruturais possibilitarão que a continuidade da expansão econômica se mantenha, assim como a redução estrutural da taxa de juros e elevação da produtividade", acrescentou.
 
Alta da inflação
 
Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, o Ministério da Economia elevou sua projeção de 4,42% para 5,05% em 2021.
 
A expectativa de inflação do mercado continua acima da meta central definida para este ano, de 3,75%. Entretanto, pelo sistema em vigor no país não haverá descumprimento da meta se a inflação oscilar entre 2,25% e 5,25% em 2021.
 
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
 
A previsão da Secretaria de Política Econômica para a inflação está abaixo da estimativa do mercado financeiro - de uma alta de 5,15% em 2021.
 
Para 2022, a estimativa do Ministério da Economia para a inflação permaneceu em 3,5%. No ano que vem, a meta central de inflação é de 3,50% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2% a 5%.
 
Vacinação e reformas
 
Segundo o secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, o processo de vacinação em massa da população brasileira é importante para estimular a economia e aumentar a taxa de emprego.
 
“A melhor política econômica hoje é a vacinação em massa. Precisamos vacinar rapidamente a população para garantir o retorno seguro ao trabalho”, declarou.
 
De acordo com o boletim macrofiscal, divulgado pelo Ministério da Economia, as restrições à mobilidade vão sendo reduzidas à medida que a vacinação avança e ocorre o retorno seguro às atividades de produção e consumo.
 
O secretário Sachsida também voltou a defender o controle de gastos públicos, processo chamado de “consolidação fiscal”, que ele avaliou ser importante para a retomada econômica.
 
“A consolidação fiscal não é uma questão ideológica, mas que tem importantes efeitos econômicos. Ancora expectativas, mantém trajetória de inflação sob controle, risco país fica sob controle, taxa de juros fica baixa, o investimento e emprego aumentam”, disse.
 
Ele também defendeu a manutenção da agenda de reformas pró-mercado como forma de estimular a produtividade na economia brasileira, citando a nova lei de cabotagem, a autorização para ferrovias e a nova lei cambial, em discussão no Legislativo.

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