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Empréstimo: bancos dizem não aos jovens empreendedores

Fonte: Metro - 26/07/2021 às 12h07

Jovens e negros têm mais dificuldade na hora de conseguir empréstimos bancários para seus empreendimentos. Se o negócio for na área de turismo, logística, construção civil e economia criativa, a chance de ouvir um sim do gerente do banco é ainda menor.
 
Pesquisas sobre os impactos da pandemia nos pequenos negócios realizadas pelo Sebrae em parceria com a FGV (Fundação Getulio Vargas) revelam que o auxílio financeiro chega de forma desigual. Foram entrevistadas 7.820 pessoas em todo o Brasil no mês de maio.
 
O maior desequilíbrio apontado é entre as faixas etárias. Apesar de minoria entre os donos de negócio, o público com mais de 65 anos relatou facilidade para conseguir empréstimos, com resposta negativa para apenas 27% dos casos.
 
Já entre os jovens empreendedores, com até 25 anos, o “não” foi padrão para 61%. Entre 26 e 55 anos, o índice de liberação de dinheiro ficou em torno de 50%. Veja mais ao fim da reportagem.
 
“Além de muitos empreendedores da terceira idade já estarem à frente de um negócio há mais tempo e terem mais experiência de gestão, os bancos levam em consideração o histórico bancário na hora de conceder um empréstimo, o que influencia diretamente nesse resultado”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
 
De acordo com dados do Portal do Empreendedor, do Ministério da Economia, apenas 6,5% dos donos de micro e pequenas empresas têm mais de 61 anos, enquanto 23% têm até 30 anos.
 
A análise sobre raça mostra bancos dando preferência aos brancos. Enquanto eles possuem reposta negativa em 38% dos casos, entre os negros o índice de “não” foi de 50%.
 
Os empreendedores negros aparecem na pesquisa também com mais dívidas em atraso e com impacto maior no faturamento por conta da crise, o que pode pesar na hora da análise por crédito. “Os empreendedores negros têm menor escolaridade, estão há menos tempo no negócio, atuam em atividades que não exigem muita qualificação e 70% são microempreendedores individuais, o que acaba afetando mais fortemente o desempenho desses pequenos negócios”, disse Melles.
 
A pesquisa revela ainda os setores de academia, beleza e turismo como os mais afetados em seus faturamentos neste início de ano e também os com mais respostas negativas quanto aos empréstimos, alcançando cerca de 50%. Para os setores de saúde e energia, o não veio para 27% e 34%, respectivamente.

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