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Dólar sobe e alcança R$ 5,20, com aversão ao risco diante de aumento de casos globais de Covid-19

Fonte: G1 - 19/07/2021 às 12h07

O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira (19), em meio à aversão ao risco no exterior diante do aumento nos casos globais de Covid-19, o que levanta novas preocupações sobre a desaceleração do crescimento econômico.
 
Às 12h10, a moeda norte-americana subia 1,69%, vendida a R$ 5,2021. Veja mais cotações. Na máxima, a moeda foi cotada a R$ 5,2111.
 
Na sexta-feira, o dólar fechou em estabilidade, cotado a R$ 5,1154. No acumulado da semana passada, a moeda norte-americana terminou em forte queda de 2,27%. No mês, a divisa tem avanço de 2,87%. No ano, recuo é de 1,38%.
 
Cenário
 
A aversão ao risco é provocada por novas notícias de aumentos preocupantes no número de casos de Covid-19 ao redor do mundo por causa da variante Delta, ainda mais infecciosa que as anteriores. Investidores temem que o ressurgimento das contaminações prejudique o ritmo da recuperação econômica global.
 
Vários países europeus, incluindo França e Espanha, além de Holanda e Grécia, anunciaram novas restrições sociais para combater a variante delta na semana passada.
 
Os investidores têm monitorado ainda a trajetória de inflação dos Estados Unidos e os rumos da política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
 
Caso o Fed decida adotar uma postura mais dura para conter a inflação, reduzindo seu estímulo e elevando os juros mais cedo do que o esperado, os mercados financeiros de economias emergentes tendem a ser impactados com o redirecionamento de recursos para os Estados Unidos, com efeitos diretos no mercado de câmbio de países como o Brasil.
 
O recesso no Congresso Nacional e a agenda macro doméstica relativamente tranquila nos próximos dias no Brasil direciona as atenções de investidores para o plano internacional, com a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) no foco dos mercados nos próximos dias e podendo gerar volatilidade.
 
No cenário local, analistas do mercado financeiro elevaram para 6,31% a estimativa de inflação em 2021, ao mesmo tempo em que passaram a ver um crescimento de 5,27% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.
 
Já para a Selic, a taxa básica de juros da economia, o mercado elevou a previsão pela segunda semana seguida. A expectativa é de a taxa chegar a 6,75% ao fim deste ano.
 
Para a taxa de câmbio, a estimativa para o fim de 2021 se manteve em R$ 5,05. Para 2022, é de R$ 5,20.

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