Fonte: G1
 
O dólar opera em alta nesta sexta-feira (11), revertendo parte das perdas recentes, com investidores à espera das próximas reuniões de política monetária do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.
 
Às 11h31, a moeda norte-americana subia 1,09%, vendida a R$ 5,1208. Na máxima até o momento chegou a R$ 5,1317.
 
No dia anterior, a moeda norte-americana teve queda de 0,06%, cotada a R$ 5,0657. Com o resultado, acumulou recuo de 3,04% no mês e de 2,34% no ano.
 
O Banco Central fará neste pregão leilão de swap tradicional para rolagem de até 15 mil contratos com vencimento em dezembro de 2021 e março de 2022.
 
Cenário
 
Mauriciano Cavalcante, diretor de câmbio da Ourominas, disse à Reuters que o mercado de câmbio está num momento de espera antes da "super quarta" da semana que vem, quando os bancos centrais do Brasil e dos EUA anunciam suas decisões sobre a política monetária.
 
"Até a quarta-feira, vamos ver um período de especulação, e o dólar deve ficar oscilando entre 5,05 e 5,10 reais ou até mais", disse ele.
 
Na maior economia do mundo, embora analistas esperem que o Fed mantenha sua postura expansionista atual na semana que vem, temores de superaquecimento econômico têm elevado ruídos relacionados a um possível aperto monetário precoce por parte do Federal Reserve.
 
No Brasil, a taxa de juros esta atualmente em 3,5% ao ano e a expectativa do mercado é que o BC anunciará o terceiro aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na taxa Selic na próxima semana.
 
Um cenário doméstico de juros mais altos tende a favorecer o real, segundo especialistas, uma vez que torna investimentos locais atrelados à Selic mais atraentes para o investidor estrangeiro.
 
O banco Itaú revisou de 5,50% para 6% sua projeção par a Selic no final de 2021. Já a estimativa para o câmbio para o final do ano passou de R$ 5,30 para R$ 4,75 por dólar.
 
Na agenda de indicadores, o IBGE mostrou que o volume de serviços prestados no Brasil cresceu 0,7% em abril, na comparação com março, acima do esperado. Com o resultado, o setor recuperou parte do recuo de março (-3,1%), mas continua abaixo do patamar pré-pandemia. No ano, o setor acumula em alta de 3,7%. Em 12 meses, porém, ainda tem queda de 5,4%.