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Daycoval vê crédito em alta, e inadimplência é incógnita

Fonte: Valor Econômico - 07/05/2021 às 12h05
Com lucro em alta, carteira de crédito crescendo fortemente e à espera de uma inadimplência que ainda não veio, o Daycoval teve um primeiro trimestre de continuidade da trajetória observada na segunda metade de 2020.
 
O lucro teve alta anual de 18,8%, a R$ 330 milhões. A carteira de crédito ampliada avançou 41,9%, para R$ 37,134 bilhões, puxada pela expansão de 59,9% nas operações com empresas. As despesas com provisão para devedores duvidosos caíram 35,9%, a R$ 101,6 milhões. E a inadimplência recuou para 1,6%, de 1,7% em dezembro. Na comparação anual, o indicador de atrasos ficou estável.
 
“Não me arrisco mais a prever inadimplência. Não vamos reverter provisões, porque um dia ela vai aparecer, mas por enquanto não estamos vendo nenhum sinal. Até mesmo na nossa carteira de veículos, que sempre é uma espécie de prévia da inadimplência, está tudo tranquilo”, afirma o diretor de relações com investidores do Daycoval, Ricardo Gelbaum. No financiamento de veículos, a inadimplência ficou estável em 6,4% entre o quarto e o primeiro trimestre.
 
Mesmo com o segmento de pequenas empresas sendo um dos mais afetados pelas medidas de isolamento social, o acesso a linhas do governo na pandemia, com taxas baixas, carência e bons prazos tem ajudado a conseguirem honrar os pagamentos com seu fluxo de caixa, explica Gelbaum. O Daycoval emprestou R$ 8,23 bilhões por meio do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), que conta com cobertura do Fundo Garantidor de Investimentos (FGI), respondendo sozinho por quase 10% do projeto. Pessoas jurídicas representam 76,5% da carteira do banco. “Acreditamos que a inadimplência possa vir e estamos preparados, mas não será nada tão grave como em crises anteriores”, diz.
 
Gelbaum afirma estar moderadamente otimista com a economia, já que o avanço da vacinação deve possibilitar uma abertura maior e retomada da atividade, “mas nada espetacular”. O Daycoval alguns indicadores até mais fortes que os dos grandes bancos, como um retorno sobre o patrimônio líquido (ROAE, na sigla em inglês) de 28,3% e um índice de eficiência - quanto menor, melhor - de 22,5%. 
 
Questionado sobre a sustentabilidade dos números, o executivo afirma que vai depender da economia. “Não gostamos de fazer apostas, estamos preparados para o cenário que vier. Mesmo assim, a gente tem um histórico de ir muito bem em cenários de volatilidade.”
 
Uma das razões para a eficiência é o investimento que vem sendo feito em tecnologia. “Investimos muito na esteira dos produtos, em processo, em ferramentas digitais para chegar de forma mais rápida no que o cliente precisa”, diz. Apesar disso, não há uma estratégia de parcerias com fintechs. “Nós temos um lema interno de que, se fomos capazes de criar um problema, temos de ser capazes de resolvê-lo.”
 
O banco captou US$ 400 milhões em abril num empréstimo estruturado pela International Finance Corporation (IFC). Do total, 25% serão destinados a pequenas companhias pertencentes a ou lideradas por mulheres e outros 30% irão para empresas de regiões em que a relação entre crédito e PIB é inferior à média nacional. Gelbaum diz que o dinheiro já está no caixa e a demanda tem sido boa.

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