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Caixa não prevê aumentar juros do financiamento imobiliário com recursos da poupança, diz Guimarães
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o banco não prevê aumentar as taxas de juros do financiamento imobiliário com recursos da poupança, apesar do ciclo de alta da Selic. De acordo com o executivo, o fator que mais importa para definir os preços da linha são os juros de longo prazo, que subiram alguns meses atrás, mas estabilizaram.
Guimarães disse, no entanto, que há cerca de seis meses a Caixa reduziu o desconto aplicado sobre as taxas de financiamento em resposta ao aumento das taxas dos contratos de DI com prazos mais longos. O ajuste foi de cerca de 0,5%. "Existiu sim um pequeno aumento. Na verdade, uma redução de desconto. Está estabilizado", afirmou, em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, na noite de ontem.
O executivo não deu mais detalhes, mas o Valor apurou que não houve mudança na taxa nominal "de balcão" praticada pela Caixa. Houve uma elevação numa taxa com desconto oferecida pelo banco a alguns perfis de cliente.
Daqui para a frente, a taxa de juros "não vai subir", ressaltou o executivo, acrescentando que os ajustes na Selic devem controlar as expectativas de inflação e, portanto, as taxas futuras.
A decisão do banco estatal de segurar as taxas vai na contramão do movimento dos concorrentes privados, que começaram a subir os juros do financiamento imobiliário em resposta à alta da Selic. Conforme o Valor noticiou em julho, Santander e Bradesco elevaram suas taxas, enquanto o Itaú Unibanco estava cobrando juros mais altos de clientes com "score" de crédito pior.