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Bradesco terá 30% mais crédito na safra 2021/22

Fonte: O Estado de S. Paulo - 05/07/2021 às 10h07

O Bradesco quer aumentar em 30% sua carteira rural na safra 2021/22, que em 2019/20 foi de R$ 37 bilhões. Boa parte da oferta adicional, de mais de R$ 11 bilhões, terá juros de mercado, ainda considerados competitivos para o setor, conta Roberto França, diretor de Agronegócios. “Nossa fonte de recurso com taxas controladas, os depósitos à vista, cresceu 20%, mas a carteira aumentará mais na safra 2021/22”, diz. Ele explica que a diferença virá de operações de CPR, com taxas livres. Do total, dois terços vão para custeio da produção.
 
O banco também ofertará, pela primeira vez, crédito com taxas equalizadas pelo Tesouro. Serão R$ 131,7 milhões: R$ 94,6 milhões pelo Moderfrota, de financiamento de máquinas, e R$ 37,1 milhões pelo Inovagro, de inovação no campo.
 
Piloto. O Bradesco planeja ampliar o montante com taxas subsidiadas nos próximos anos. “Temos condição para fazer R$ 1 bilhão por ano”, afirma França, referindo-se a empréstimos para investimentos. A escolha inicial do Moderfrota e Inovagro se deu para suprir a demanda por linhas com taxas mais baixas. O interesse de produtores em investir é grande mas, para muitos, as taxas de mercado de longo prazo ainda são proibitivas. 
 
Alvo. Segundo França, o dinheiro com taxas livres já representa dois terços (65%) da carteira rural e a tendência é aumentar para até 75% em cerca de três anos. Leandro Diniz, diretor de Empréstimos e Financiamento, acrescenta que haverá “expansão no atendimento à agroindústria e à cadeia de insumos”. Somadas operações não incluídas no Plano Safra, como linhas em dólar, a carteira agro da instituição passa de R$ 70 bilhões.
 
Pequenos. O banco também vem reforçando o atendimento à agricultura familiar. Sua carteira de Pronaf (programa do governo para este público) deve chegar a R$ 1 bilhão em 2021/22, ante R$ 450 milhões em 2020/21. Para eles, também haverá R$ 2,5 bilhões em crédito pré-aprovado. 
 
Investe aqui. A operadora logística Comfrio concluirá este mês investimento de R$ 180 milhões na construção e ampliação de unidades de armazenagem de sementes, sobretudo de milho, em Lucas do Rio Verde (MT), Cuiabá (MT), Itumbiara (GO) e Uberlândia (MG). O aporte dobra a capacidade para 10 milhões de sacas de sementes do cereal, diz Sidney Catania, CEO da Comfrio. A aposta no setor cresceu após a aquisição da concorrente Bestway Agro em 2020.
 
Ganha ali. A empresa quer faturar 40% mais este ano no segmento agro, que em 2020 avançou 29%. “Cresceremos por meio das novas operações e porque os armazéns que já existiam estarão melhor ocupados”, diz Catania. Além de armazenagem e tratamento de sementes, a Comfrio busca ampliar serviços aos clientes, que vão desde multinacionais até sementeiras regionais. “Queremos oferecer armazenagem e venda de químicos e beneficiamento de sementes.”
 
Leite ‘net zero’. Nestlé e Embrapa fecharam parceria para reduzir e até neutralizar as emissões de gases do efeito estufa de 20 fazendas leiteiras em quatro Estados – Minas, São Paulo, Paraná e Goiás. Em três anos, essas propriedades receberão assistência técnica e orientações da Embrapa e da companhia de lácteos. A expectativa é de que pelo menos oito delas alcancem o status “net zero” – de carbono neutro –, conta Barbara Sollero, gerente de Desenvolvimento de Fornecedores e Qualidade da Nestlé Brasil.
 
Fazenda modelo. A multinacional e a empresa de pesquisa já haviam firmado, em fevereiro, parceria para desenvolver um protocolo nacional para a pecuária de leite de baixo carbono. Ainda dentro do projeto, a fazenda da Embrapa Gado de Leite, em Coronel Pacheco (MG), terá seus dois sistemas de produção (confinamento e pasto) convertidos para carbono neutro. “A Embrapa vai medir os impactos nos dois sistemas e gerar conhecimento a ser compartilhado”, diz Paulo Martins, chefe-geral da Embrapa Gado de Leite. 
 
Sustentável. Do algodão produzido no País na safra 2020/21, 81,3% terão os selos de sustentabilidade Algodão Brasileiro Responsável (ABR) e Better Cotton Initiative (BCI), o que equivale a 2 milhões de toneladas. A informação foi antecipada pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) à coluna. Segundo dados da BCI compilados pela entidade, em 2019/20 a participação do Brasil no mercado global de algodão licenciado aumentou de 36% para 38%. 
 
Flerte. Diante do declarado interesse de grandes grupos de revendas de insumos agrícolas em expandir seu alcance no País, mais distribuidoras estão procurando assessoria para atrair esses investidores. “Estão vendo que há uma janela de oportunidade no mercado, mas ninguém vai fazer negócio por qualquer preço”, diz Lucas Tavares Bueno, sócio de M&A do escritório de advocacia Demarest.
 
Gestação. Bueno diz que as revendas já chegam ao escritório com boa gestão e regras de compliance. “Sabem que seu negócio tem valor.” Em 2020, o Demarest atuou em três operações. Em 2021, além da aquisição da Ferrari Zagatto pela AgroGalaxy, outras duas estão a caminho e há chance de mais transações até o fim do ano.

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