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Clipping
Banco24Horas se reinventa na era do PIX e das fintechs

Fonte: O Globo - 17/05/2021 às 11h05
No auge da crise financeira global, em 2009, o ex-presidente do Federal Reserve Paul Volcker disparou: “O caixa eletrônico foi a única coisa útil inventada pelos bancos nas últimas duas décadas.” Doze anos e uma miríade de fintechs depois, a máquina perdeu proeminência na cronologia recente das inovações financeiras. Mas a TecBan, dona do Banco24Horas, está convencida de que, no mundo do PIX e do WhatsApp Pay, o caixa eletrônico tem um papel a cumprir — e está investindo algumas centenas de milhões para provar essa tese.
 
A estratégia passa por reforçar o chamado ATM como um posto que vai além do saque — os serviços já respondem por 45% dos acessos. Um dos planos é introduzir um novo tipo de caixa, o cash-in: ATMs que também aceitam dinheiro, ampliando as funções e diluindo custo. 
 
— Dois terços dos R$ 500 milhões que investiremos este ano irão para essa renovação. Nosso principal custo é a guarda de valor. Quando o caixa aceita dinheiro, gasta-se menos para abastecê-lo — disse Jaques Rosenzvaig, CEO da TecBan, controlada pelos cinco maiores bancos. — Nosso ATM é como um banco comunitário. Ele não é só para tirar dinheiro, tem quase 90 funcionalidades. 
 
Esses caixas são conhecidos como “recicladores” e já representam 10% do parque. O plano da TecBan é converter gradualmente toda a “frota”. Além de permitir que os clientes façam depósito, paguem boletos e recarreguem o celular com dinheiro, o cash-in pode receber o excedente da registradora do comerciante que abriga o ATM, prestando um serviço a ele. 
 
Outra frente é estender os serviços para além do próprio ATM. No ano passado, a TecBan lançou o saque no comércio — modalidade que existe há décadas no exterior — por meio de um app e um QR Code. A solução já está em 778 municípios, 459 dos quais não possuem Banco24Horas. (Mas a competição segue apertando: o Banco Central vai lançar o saque no varejo do PIX, e as administradoras de cartão anunciaram a mesma modalidade ontem.) 
 
A tese de Rosenzvaig é que os números provam que o papel-moeda será resiliente por muito tempo. Em 2020, o volume sacado no Banco24Horas saltou 11%, para R$ 395 bilhões — embora a maior alavanca, o auxílio emergencial, tenha sido excepcional. 
 
— O importante é a diversidade. No Reino Unido, 16% da população querem pagar com numerário, mas meus filhos “mineram” criptomoeda. Cada um paga como quer — exemplificou o CEO, cuja meta é alcançar R$ 3 bilhões em receitas em 2023, um quarto mais do que em 2019 (último dado disponível). 

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