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Imprensa
Os recados de Levy

“O Brasil é o país da piada pronta”, disse o ministro Joaquim Levy, diante de uma plateia repleta de empresários em São Paulo. A frase famosa é do jornalista José Simão, mas Levy usou para apontar que a “piada pronta” não é privilégio nosso, já que a Suíça anunciou programa para repatriação de recursos não declarados pelos suíços. “Até eles!”, brincou Levy, ao falar da importância das medidas de ajuste fiscal empacadas no Congresso Nacional, entre elas, a que prevê um desconto na multa para o brasileiro que quiser declarar o que tem lá fora.

No discurso detalhado das reformas necessárias ao país, do mercado internacional e do que já foi feito até agora para corrigir os rumos da nossa economia, Joaquim Levy deu um recado explícito a quem duvida da sua resistência no governo: ele está muito à vontade em sua cadeira. Com as derrotas recentes com o ajuste fiscal, a revisão das metas de gastos e economia das contas públicas e toda tensão gerada deste ambiente, o ministro da Fazenda gesticula, brinca e fala com tranquilidade sobre a crise atual.

“Nós precisamos fazer uma reengenharia muito importante porque não podemos mais contar só com as commodities, temos que usar todo o resto. Temos tudo para ser uma economia de sucesso e crescer. O que a gente precisa é se organizar para vencer nesse mundo novo. Na época que tudo era fácil não fizemos o ajuste, agora temos que enfrentar isso. Também, quem iria querer estragar a festa?”, falou Levy.

No segundo recado, Levy avisa que, agora que a festa acabou, ninguém vai escapar da arrumação.  E o único jeito de fazer certo é pela eficiência. “Nós queremos vender produto, as pessoas querem comprar solução”, ressalvou. Para o ministro, sem as reformas no ICMS e no PIS/Cofins, vai ser pouco provável ganhar esse jogo. Na missão de resgatar a confiança do empresariado, Joaquim Levy afirmou que a “economia já está se reequilibrando”. “Conseguimos estancar a deterioração, agora vai começar a melhorar”, garantiu.

Para mostrar que senta confortável na sala do Ministério da Fazenda, Levy ainda emendou o apoio integral da chefe, presidente Dilma Rousseff – exatamente quem provocou todo o estrago feito até há pouco. “A presidente está convicta da necessidade dessa prioridade. Ela teve a coragem de por em segundo lugar sua popularidade e em primeiro as coisas que o país precisa para continuar avançando”, afirmou. E não pareceu uma “piada pronta”.


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