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Imprensa
Perda de fôlego atinge todos os setores de atividade

Indústria e construção civil, que sofrem há mais tempo, devem ter as maiores quedas no segundo trimestre, mas outros segmentos também vão sucumbir

A recessão que assola o país é tão grave que nenhum setor da economia encontra fôlego para crescer. Nem mesmo, a agronegócio, vocação do país, grande produtor mundial, deve escapar de dados ruins no segundo trimestre deste ano perdido. Ainda assim, os maiores tombos são esperados nos segmentos que já sofrem com a recessão há mais tempo, sobretudo a indústria de transformação e a construção civil.


Responsável por 50% do investimento total e por 6,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, a construção civil deve terminar o ano com uma retração de 7%, assolada pela crise de confiança e pelo impacto da Operação Lava-Jato, que colocou presidentes das maiores empreiteiras do país na cadeia. Para a Câmara Brasileira da Construção Civil (CBIC), o desempenho reflete o cenário macroeconômico, de redução dos investimentos, inflação, elevação dos juros, aumento do desemprego, queda na renda, diminuição da demanda por imóveis e restrição ao crédito imobiliário.

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Daniel Furletti, coordenador do Banco de Dados da CBIC, explica que o setor passou de um crescimento recorde de 13,1% em 2010 e de 8,3% em 2011, para queda de 2,6% no ano passado e perspectiva de retração de 7% este ano. “Não existe investimento sem construção civil. Mas os números do setor estão derretendo. E a taxa de investimento do país está caindo. Hoje, é de apenas 17% do PIB, enquanto, em nações como China e Índia, supera os 30%”, diz. A presidente Dilma Rousseff chegou a prometer que o índice chegaria a 24%, mas o que o ocorreu foi o contrário. “Mesmo se chegasse ao que ela prometeu, ainda seria pouco. Basta olhar pela janela. O deficit habitacional é enorme e a carência por obras de infraestrutura também.”


A indústria como um todo já está há vários semestres em recessão. O faturamento caiu, as vendas também, a capacidade ociosa é cada vez maior, assim como o desemprego industrial. “O quadro recessivo se intensificou no segundo semestre”, aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI), para quem os problemas do setor de petróleo e gás, alavanca do crescimento nos últimos anos, restringem a retomada do investimento. A queda no faturamento, que já atingiu 7% no acumulado do primeiro semestre, pode chegar a 9,2% no fim do ano se nada mudar no cenário industrial. Assim como as horas trabalhadas devem cair 7,6% em 2015 caso o cenário permaneça como está.


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