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Imprensa
Dólar fecha em queda após corte da Moody's e de olho na China

Depreciação da moeda chinesa levantou dúvidas sobre juros nos EUA.
A moeda norte-americana caiu 0,67%, a R$ 3,4744.

O dólar fechou em baixa ante o real nesta quarta-feira (12), após a Moody's rebaixar a nota de crédito do Brasil ao último degrau antes do grau especulativo, mas atribuir perspectiva "estável" à classificação.

A moeda dos Estados Unidos também recuou em relação a outras moedas, com a depreciação do iuan, moeda da China, alimentando dúvidas sobre se o Federal Reserve elevará os juros no mês que vem.

A moeda norte-americana caiu 0,67%, a R$ 3,4744. Veja cotação. Mais cedo, o dólar chegou à casa dos R$ 3,44.

Na semana, o dólar acumula queda de 0,96%. Em agosto, há alta acumulada de 1,45%. No ano, a moeda já subiu 30,68%.

A moeda norte-americana abriu em baixa após Moody's atribuir perspectiva "estável" à nota de crédito do Brasil, sinalizando que o país não deve perder sua classificação de bom pagador em breve mesmo após a agência de risco rebaixá-lo ao último degrau antes do grau especulativo.

"O mercado está bem cauteloso, ainda. Toda vez que (o dólar) cair bastante, o mercado vai aproveitar e comprar um pouco", disse à Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ele lembrou os recentes atritos entre o Legislativo e o Executivo, que vêm injetando volatilidade nos mercados nas últimas semanas. Na véspera, a presidente Dilma Rousseff recebeu bem as propostas do presidente do Senado, Renan Calheiros, para enfrentar a crise econômica, mas o presidente daCâmara, Eduardo Cunha, reagiu e criticou a estratégia do governo de concentrar no Senado os esforços de reconstrução de sua base de apoio.

Após o fechamento dos mercados na sessão passada, a Moody's piorou o rating do Brasil para "Baa3", contra "Baa2", igualando-se à classificação da Standard & Poor's. A S&P, no entanto, atribui perspectiva "negativa" à nota, o que havia corroborado as apostas de que a Moody's faria o mesmo ou poderia até mesmo rebaixar o país diretamente para o grau especulativo.

"Boa parte do mercado já esperava que a Moody's rebaixasse o Brasil, mas a maioria imaginava que a perspectiva seria 'negativa'", explicou à Reuters o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca.

Nos mercados internacionais, a moeda norte-americana revertia parte do avanço da véspera, que veio após a China surpreender os mercados ao desvalorizar sua moeda. Nesta sessão, no entanto, predominava a interpretação de que a alta do dólar pode servir de entrave à recuperação dos EUA, levando o Fed a pensar duas vezes antes de elevar os juros no mês que vem. Isso colabora para um movimento de baixa do dólar já que o Fed, banco central dos EUA, aguarda sinais de força econômica para subir os juros no país. Juros mais altos nos EUA tendem a atrair para o país recursos atualmente aplicados em mercados como o Brasil, motivando uma tendência de alta do dólar.

O Scotiabank ressaltou em nota a clientes "preocupações fundamentais sobre o momento e o tamanho da normalização da política monetária do Fed à luz dos riscos ao crescimento e à inflação globais".

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa de interferência no câmbio, seguindo a rolagem dos swaps cambiais que vencem em setembro, com oferta de até 11 mil contratos, equivalentes a venda futura de dólares.



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