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Imprensa
Recuperação tem ser construída ‘tijolo por tijolo’, diz Levy

A recuperação da economia brasileira será lenta e tem que ser construída tijolo por tijolo, segundo o ministro da Fazenda, Joaquim Levy. Num mundo marcado por um crescimento persistentemente baixo, com acomodação da China, a estratégia do Brasil se volta para o longo prazo, disse Levy. Nesse cenário, “é preciso estar na melhor forma possível”, para enfrentar um cenário global que pouco cresce, afirmou o ministro, em seminário sobre a América Latina promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), em Washington.

Levy ressaltou que a presidente Dilma Rousseff tem dito que as políticas antíciclicas, usadas nos últimos anos, são temporárias. “Nós temos que nos mover para algo mais permanente”, disse ele, acrescentando que a estratégia do Brasil se volta para o longo prazo.

O ministro ressaltou ainda que as medidas de ajuste fiscal adotadas pelo governo levantam dinheiro, mas têm um aspecto mais importante, de “retrabalhar” a economia. “São reformas estruturais, disfarçadas de coisas mais simples”, disse ele, citando o caso das iniciativas relacionadas ao mercado de trabalho sem citar explicitamente a proposta que alterou regras de concessão de benefícios como o seguro desemprego.

Segundo Levy, um dos maiores problemas do mercado de trabalho é a rotatividade, que implica em menos investimento em qualificação e em menos eficiência do trabalhador. Os incentivos das regras anteriores estimulavam especialmente os mais novos a entrar e sair da força de trabalho, disse o ministro, observando que essa não é a melhor maneira de se qualificar os trabalhadores. Com as mudanças, há mais incentivos para permanecer mais tempo nos primeiros empregos. É algo importante para a economia, por aumentar a competitividade.

O ministro enfatizou a importância do aumento da poupança do setor público para aumentar a taxa geral de poupança na economia. Segundo ele, isso também pode ajudar o setor privado a poupar mais, por reduzir o risco fiscal.

Levy também afirmou que é importante se abrir mais. Destacou dois passos tomados nessa direção pela presidente nas duas últimas semanas – o relançamento da discussão para um acordo comercial com a União Europeia (UE) e o anúncio feito na semana passada de que o país vai começar a negociar em julho uma ampliação do tratado comercial com o México.



     



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