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Imprensa
Após acordo com Itaú, BMG privilegia cartão consignado e crédito a empresas

Após acordo com Itaú, BMG privilegia cartão consignado e crédito a empresas

Com a joint venture com o Itaú em operações com desconto em folha de pagamentos fechada, o Banco BMG quer se concentrar agora na expansão de sua carteira de crédito a empresas e nos negócios com o cartão consignado. Sob os efeitos da transferência da carteira de consignado para a nova sociedade, o BMG teve um lucro líquido de R$ 111 milhões no segundo trimestre, 50,2% menor na comparação anual.

Nos próximos meses, o banco também pretende melhorar a sua eficiência operacional com a forte redução de custos propiciada pela parceria. Isso ocorrerá na medida em que parte da operação é transferida para o novo negócio, o Itaú BMG. Com isso, a ideia é reduzir o índice de eficiência, que hoje está em 50,3% e, quanto menor, melhor. "Não é um bom índice, mas tem espaço para melhorar porque vamos reduzir nossas despesas", diz Antonio Hermann, presidente do BMG.

A redução no lucro trimestral se deu, principalmente, pelo fato de que no mesmo período de 2013 o banco ter registrado maior nível de originação e em melhores condições de juros, o que resultou numa margem financeira líquida maior. No segundo trimestre de 2014, em meio a taxas menos vantajosas, a margem do banco caiu para 11,5%, de 12,6% um ano atrás, e sobre uma carteira já reduzida por conta da cessão para a joint venture.

Apesar de a transação com o Itaú ter sido aprovada pelos órgãos reguladores em julho, ainda haverá uma transferência adicional para o banco Itaú BMG, de R$ 11,6 bilhões em crédito consignado, que deve ser finalizada até setembro. Até o segundo trimestre, a carteira total de crédito do BMG era de R$ 15,928 bilhões, com queda de 34,6% no ano e de 14,2% no trimestre, justamente pelo efeito da migração de portfólio já feita, de R$ 4,5 bilhões para o novo banco.

Dessa carteira total, o BMG ainda tem R$ 1,277 bilhão em créditos cedidos, deixando a carteira efetivamente geradora de receita em R$ 14,651 bilhões ao fim de junho. O portfólio do Itaú BMG, por sua vez, terminou o segundo trimestre com um total de R$ 17,232 bilhões.

O banco não deve buscar novas parcerias ou mesmo ampliar a linha de atuação do Banco Itaú BMG, segundo Hermann. Com a finalização do processo de transferência da carteira de consignado para a joint venture, ele diz que um dos focos será expandir os negócios em torno do cartão de crédito consignado. "Este é um produto interessante e apostamos no crescimento desse segmento", disse Hermann sem, no entanto, dar projeções.

No segundo trimestre, a carteira de cartão consignado atingiu R$ 1,343 bilhão, alta de 9,7% em relação ao primeiro trimestre e de 19,7% em 12 meses.

Na semana passada, o Santander anunciou uma parceria com o Bonsucesso nos moldes da transação do Itaú e do BMG, mas incluindo no acordo, não apenas a carteira de consignado, mas também os empréstimos feitos por meio do cartão consignado.

Além desse negócio, o BMG também quer crescer na linha de empréstimos a empresas, que fechou o segundo trimestre com R$ 1,807 bilhão, com alta de 24,3% em na comparação trimestral e de 59,2% em 12 meses. A ideia é privilegiar empresas com faturamento acima de R$ 500 milhões.


     



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