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Imprensa
Concessionárias se tornam correspondentes bancários a partir de fevereiro

 

CONCESSIONÁRIAS SE TORNAM CORRESPONDENTES BANCÁRIOS A PARTIR DE FEVEREIR

www.infomoney.com.br, em 30/01/2012

SÃO PAULO - A partir de fevereiro, as concessionárias de veículos que venderem financiamentos deverão se tornar correspondentes bancários. De acordo com o economista especializado em varejo automotivo, Ayrton Fontes, com a mudança, as lojas não poderão mais cobrar do consumidor os serviços de terceiros, chamados de retorno.

A medida, que passa a valer a partir do dia 24 do próximo mês, também exige que a concessionária deixe expostas ao consumidor as tabelas de juros dos bancos que a loja presta serviço de correspondente.

Também será necessário que, no prazo máximo de três anos, as concessionárias mantenham, em cada loja, um funcionário de F&I (do inglês, finance and insurance, ou finanças e seguros) certificado por uma entidade habilitada. “Em cada proposta de crédito enviada para o banco, constará a identificação do funcionário certificado, sendo ele responsável pela operação”, explica Fontes.

De acordo com o economista, caso haja algum problema com a operação, o funcionário poderá perder a certificação e a concessionária poderá ter o contrato cancelado.

A resolução foi anunciada nos primeiros meses do ano passado pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) do Banco Central. As mudanças alteram as normas em relação às atribuições dos correspondentes bancários no País, com o aperfeiçoamento do artigo 3º da Resolução nº 3.954, de 2011.

Retorno das concessionárias
Segundo Fontes, o retorno de financiamento de veículos usado pelos bancos e concessionárias foi iniciado no final dos anos 90. “Foi na verdade uma maneira que os bancos acharam para conseguir seus contratos, pois ofereciam, naquela época, um prêmio de 2% do valor financiado por contrato captado, oferecido para o vendedor que fechava o negócio”, explica.

O economista explica que entre 2000 e 2010, a disputa entre bancos e concessionárias acabou distorcendo a intenção inicial do retorno. “Entre 2005 e 2006, chegaram a praticar retornos de até 20%”, comenta.

De acordo com Fontes, o consumidor saía prejudicado, já que as concessionárias aumentavam a taxa de retorno e cobravam, de forma ilegal, a TAC (Taxa de Abertura de Crédito), que variava entre R$ 700 e R$ 1.300, embutidos no financiamento.

No final de 2010, com o anúncio das medidas macroprudencias do Banco Central, que obrigaram os bancos a recolherem compulsórios maiores nos financiamentos de longo prazo, a prática do retorno foi diminuída para o máximo de 7,4% do valor financiado, e não cobravam mais a TAC para o concessionário e sim uma TAC de R$ 35 para o banco. “Assim, durante 2011, as concessionárias viram seus ganhos reduzidos com o retorno, e também sofreram com a falta de margem imposta pela concorrência acirrada que se observa até os dias atuais”, explica Fontes.

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