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Imprensa
Copom eleva taxa de juros abaixo do esperado

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25/04/11 - 00:00 > POLÍTICA ECONÔMICA
Copom eleva taxa de juros abaixo do esperado


Fernanda Bompan
são Paulo - A partir de hoje parte das operações compromissadas passa a trabalhar com taxa básica de juros (Selic) em 12% ao ano, conforme decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC). As operações de crédito já utilizam a nova taxa desde a última quarta-feira, quando a alteração da Selic foi anunciada.

A explicação do Copom para aumentar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual - de 11,75% para 12% - foi a de que "com o balanço de riscos para a inflação, o ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que, neste momento, a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012". A decisão não foi unânime. Foram cinco votos a favor da alta de 0,25 ponto e dois votos para aumento de 0,5 ponto.

Especialistas já esperavam alta devido a atual pressão inflacionária. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que serve como prévia a inflação oficial apresentou variação de 0,77% em abril, contra 0,60% de março. No acumulado no ano, a variação situou-se em 3,14% e em 12 meses, ficou em 6,44%, conforme divulgado na última quarta-feira pelo IBGE.

Para Abram Szajman, presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio), o aumento da Selic "antagoniza" com a real necessidade do Brasil que é uma política que preveja corte de gastos do governo.

Já o presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças de São Paulo (Ibef-SP), Keyler Carvalho Rocha, entende que o ajuste é insuficiente em função da necessidade atual a respeito do controle dos índices de inflação. "O atual momento econômico exigia medida mais forte", disse.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) considerou que a decisão do Copom não é adequada, já que mostra perspectiva de combate ao aumento dos preços centrada unicamente na política monetária, sem o peso devido da política fiscal, de modo a concentrar o ônus sobre o setor produtivo e encarecer o investimento.

Para o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, o aumento é insustentável, pois essa elevação "vai aumentar ainda mais o gasto público, a consumir no ano R$ 4,5 bilhões que poderiam ser investidos em áreas como saúde, educação e infraestrutura".


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