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O crédito nem sempre é vilão

 

 

O crédito nem sempre é vilão

Diário de Pernambuco - PE

Rosa Falcão rosafalcao.pe@dabr.com.br     04/04/2011

Para se dar bem com dinheiro extra é preciso planejar as dívidas de longo, médio e curto prazos

Uma coisa o brasileiro não pode reclamar: crédito na praça. Ele chega ao bolso das pessoas de várias formas, tem custos variados, infinitas modalidades de pagamento. Dependendo do uso, ter crédito na praça pode ser bom para o orçamento doméstico. Mas pode se transformar num vilão e desequilibrar a vida das famílias, empurrando para a inadimplência. E o pior, levar ao endividamento crônico. Assim como na vida, uma linha tênue separa o bem do mal. Para se dar bem é preciso planejar as dívidas de longo, médio e curto prazos. Só recorrer ao dinheiro extra quando vale a pena.

Um dos exemplos do crédito usado para o bem é o investimento em educação. ´Tudo aquilo que seja para desenvolver o potencial intelectual seu e dos familiare s é considerado um bom uso do crédito`, recomenda Roberto Ferreira, professor da Faculdade Boa Viagem. Contratar um seguro residencial, um seguro de automóvel e até uma previdência privada, é apontado por Ferreira como benéfico porque se transforma emalgo previsível para usufruir no futuro.

Consultor em finanças pessoais e professor do Ibmec, Rodrigo Leone pondera que o crédito só é bom quando usado com planejamento e gestão. Ele cita como exemplo, a aquisição de um carro para trabalhar ou e de um imóvel para se livrar do aluguel. Desde que o financiamento esteja compatível com o orçamento. Nada de sentimento de culpa. Segundo Leone, o crédito pode ser usado mesmo para coisas supérfluas, desde que este prazer seja mensurado e não extrapole o orçamento.

Outra dica para quem não sabe separar o crédito do bem e do mal vem do consultor financeiro Reinaldo Domingos, da Confirp Consultoria. Segundo ele, o crédito é um recurso que só deve ser utilizado quando a pessoa tem o controle do orçamento. Sabe quanto ganha e para onde vai cada centavo do salário.

A relações públicas Letícia Amaral Guimarães, 34 anos, tem o orçamento apertado. Mesmo assim, fez uma operação de risco. Ela trocou o financiamento de um carro novo por um usado, para dar o dinheiro de entradana compra de um imóvel financiado em 30 anos. Compromete hoje cerca de 40% da renda mensal com os dois empréstimos. ´Surgiu a oportunidade do apartamento e como vou me casar não poderia perder a chance da casa própria`, conta. Para ajustar as contas do mês, ela guardou o cartão de crédito e reduziu a ida aos restaurantes com o noivo.

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