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Imprensa
Dona do JBS anuncia fusão de bancos

 

Dona do JBS anuncia fusão de bancos

 

Negócio com Matone coloca o grupo no segmento de crédito pessoal

Marcos Alves  Lino Rodrigues

 

A J&F Participações, holding financeira da família Batista, dona do Frigorífico JBS, o maior processador de carnes do mundo, anunciou ontem a fusão dos bancos JBS, voltado para o financiamento a pecuaristas, e Matone, especializado em crédito consignado e imobiliário e com forte atuação no Sul do país. O negócio coloca a família Batista no segmento de crédito pessoal, um dos que mais cresce no país. Os empréstimos com desconto em folha de pagamento, maior negócio do banco gaúcho, já representam 60% do volume emprestado a pessoas físicas.

— Essa é a melhor maneira de capturar esta fase de prosperidade que o Brasil está vivendo — disse Joesley Batista, presidente da J&F, que não descarta outras aquisições no segmento para impulsionar a expansão do novo banco no mercado financeiro.

A fusão va i exigir uma nova holding para controlar a instituição financeira, que será lançada nos próximos 90 dias, depois de receber o aval do Banco Central. Ainda sem nome, o novo banco terá 60% da J&F e 40% da Matone. Os dois vão investir R$300 milhões no negócio — 60% do J&F e 40% do Matone. Com os aportes, o patrimônio líquido da instituição passará para R$550 milhões, e a carteira de crédito ficará em cerca de R$2,5 bilhões.

As duas instituições, a princípio, vão funcionar de forma independente e o atual presidente do banco JBS, Emerson Loureiro, foi escolhido como principal executivo da novo negócio. Hoje, os dois bancos somam cerca de mil funcionários, mas a previsão é expandir esse número para duas mil pessoas.

A ideia, segundo Joesley Batista, é ampliar a carteira de crédito para R$6 bilhões nos próximos dois anos. Ele observa ainda que a entrada no mercado de varejo bancário não significará uma redução dos financiamentos à agropecuária.

— Vamos continuar s endo um banco atuante no agronegócio e, agora, também no varejo — afirmou o empresário, que recentemente deixou a presidência do frigorífico JBS para se dedicar às outras empresas e à diversificação da holding.

À frente dos últimos 15 negócios realizados pelo grupo, Batista afirma que, com a sua saída da presidência da JBS, poderá se dedicar mais à holding J&F, que possui hoje patrimônio líquido de cerca de R$20 bilhões e ativos totais de R$25 bilhões.

Expansão com base em fusões e aquisições

Com uma expansão fortemente baseada em fusões e aquisições — boa parte com dinheiro do BNDES —, ele disse que a empresa está aberta a oportunidades do mercado para consolidar os negócios em seus segmentos de atuação. Atualmente, o grupo além do banco JBS, controla a Flora Higiene e Limpeza (dona da marca Minuano), a Florestal e a Eldorado Brasil, ambas na área de papel, celulose e plantio de florestas, e a JBS, processadora de proteínas.

— A JBS (frigorífico) foi a que mais cresceu e é a marca mais conhecida no mercado, mas vamos fortalecer os outros segmentos — afirmou Batista.

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