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Pedro Souza
Diário do Grande ABC (SP)
Os aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) contrataram R$ 2,36 bilhões de crédito consignado em dezembro. O volume é 25,6% maior ao montante emprestado no mesmo mês do ano anterior. O valor representou 2,3% do total de consignado, R$ 99 bilhões, liberado por 13 dos maiores bancos que trabalham com crédito pessoal.
Segundo o Ministério da Previdência Social, os beneficiários do INSS contrataram 7,8% mais de consignado do que em novembro. Em número de operações, o incremento foi de 8,5%, atingindo 789.015 contratos.
Segundo o vice-presidente do CoreconSP (Conselho Regional de Economia) e professor do Insper, José Dutra Sobrinho, o consignado é uma das melhores opções em empréstimos.
Mas o professor de Finanças da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras) Eduardo Paiva destacou que o consumidor deve avaliar se vale a pena pegar esse financiamento. "Tem que ver se é realmente necessário."
Dutra Sobrinho explicou que os juros ao mês do consignado giram em torno de 3% e 3,5%. E este custo do crédito seria interessante para substituir dívida mais cara. "Se a empresa do trabalhador tem convênio com um banco, ele pode pedir um consignado, que tem desconto em folha", disse Dutra.
Paiva acrescentou que o desconto em folha é responsável por deixar o consignado com o título de mais barato entre as modalidades de crédito do mercado financeiro.
As instituições financeiras têm a garantia de que o pagamento da parcela do empréstimo será efetuado quando o salário, aposentadoria ou pensão creditar na conta do contratante. "O consumidor nem vê aquele dinheiro na conta", disse Paiva, explicando que o desconto na folha é imediato.
Ele destacou que o interessado precisa, antes de tudo, avaliar se o valor das prestações do crédito cabe no orçamento e não atrapalha r no futuro. "Nós tivemos inflação de cerca de 5%. Então conforme os preços aumentam, mais o consumidor vai gastar e sobrará menos dinheiro para as parcelas do crédito", explicou.
AO LADO
O empréstimo pessoal tem juros médios de 5% ao mês. Portanto se o consumidor contratou R$ 1.000, ele terá que pagar R$ 50 de juros por mês. No consignado, o valor cai para R$ 30, em média. A mesma conta com cheque especial ou cartão de crédito supera os R$ 80 de juros ao mês.
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