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BMG registra desaceleração do consignado

 

 

BMG registra desaceleração do consignado

Aline Lima  Valor Econômico - SP27/01/2011

Gustavo Lourenção/Valor
Ricardo Gelbaum, diretor do BMG, diz não ver sinais de arrefecimento

A tendência de arrefecimento da oferta de crédito consignado verificada nos últimos dados do Banco Central (BC) pode ser constatada também no balanço do BMG, líder nesse segmento. A carteira de crédito do banco mineiro encerrou 2010 com saldo de R$ 24,5 bilhões, expansão de 31% na comparação com 2009. Mas, quando analisado o desempenho num período de tempo mais curto, a desaceleração é nítida. Entre março e junho do ano passado, o crescimento havia sido de 8,7%; no trimestre seguinte, entre junho e setembro, a expansão foi de 6,6%; e entre setembro e dezembro, de 4,7%.

"Não vejo sinais de arrefecimento", contesta Ricardo Gelbaum, diretor executivo do BMG. "A originação foi um pouco menor no último trimestre por conta das medidas macroprudenciais adotadas pelo BC e pelo ev ento PanAmericano ", diz. O BMG, no entanto, começa a mirar outras oportunidades de negócio. Na última terça-feira, anunciou a aquisição da seguradora Conapp (Companhia Nacional de Seguros), que tem licença para operar nos ramos elementares e de vida. "Nossa carro-chefe continua sendo o financiamento ao consumo, mas precisamos explorar o potencial dentro de casa."

Gelbaum se refere à base de quase cinco milhões de clientes ativos do BMG. Todos os contratos de crédito consignado feitos pelo banco, por exemplo, têm seguro para o caso de falecimento do tomador, hoje uma operação terceirizada. Além da oferta de seguros, o cartão de crédito é outro produto que tem sido analisado pelo BMG. "Não queremos ficar em cima somente do nosso sucesso com o crédito consignado", afirma Gelbaum. O retorno ao financiamento de veículos, porém, está descartado.

Embora o crédito consignado permaneça como foco do banco, representando praticamente 70% dos ativos originados no ano passado, a s operações estruturadas para grandes empresas e fornecedores do setor público vêm ganhando importância. A carteira cresceu 178% na comparação com 2009, passado a representar 8% do estoque.

O BMG encerrou 2010 com lucro líquido de R$ 605,72 milhões, crescimento de 16% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, o lucro apurado foi de R$ 107,1 milhões, 26,9% inferior ao resultado do terceiro trimestre e 52,4% abaixo do quatro trimestre de 2009. O índice de inadimplência para atrasos superiores a 60 dias caiu de 2%, em setembro, para 1,8%, voltando ao patamar de 2008, antes da crise financeira. As provisões para devedores acompanharam o comportamento e caíram de R$ 514 milhões, em dezembro de 2009, para R$ 463,9 milhões em dezembro de 2010. A rentabilidade do BMG alcançou 27,6% e o patrimônio líquido, R$ 2,337 bilhões.

O BMG não apresenta perspectivas de desempenho ("guidance"), mas Gelbuam se diz otimista com 2011. "Se crescermos 20% acima de 2010 já está fant ástico, porque base é alta", ressalta. O índice de Basileia encerrou 2010 em 14,5%, número confortável, segundo Gelbaum, para o banco continuar crescendo neste ano. O executivo, que falou com a reportagem de Nova York, estava de partida para a Europa, em visita a investidores, mas se recusou a falar sobre possíveis captações. "O mercado está muito aberto para o BMG."

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