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Correspondentes bancários fazem caminhada de protesto em São Luís

 

 

 

Correspondentes bancários fazem caminhada de protesto em São Luís

Eles são contra o possível monopólio do Banco do Brasil para empréstimos consignados ao funcionalismo público

Jornal Pequeno - MAJULLY CAMILO


No início da manhã de ontem, dezenas de corretores e correspondentes bancários do ramo de empréstimos consignados realizaram uma passeata em sinal de protesto, por conta da possível assinatura de um contrato entre governo do estado e Banco do Brasil, firmando a exclusividade da referida operação financeira para os funcionários estaduais. Os manifestantes alegam que com a assinatura do acordo aproximadamente 30 mil pessoas ficarão sem trabalho. A caminhada partiu da porta da Biblioteca Pública Benedito Leite, na Praça Deodoro, e terminou em frente ao Palácio dos Leões com um ato público.

Segundo um dos organizadores do movimento, o correspondente bancário Luís Teixeira, há duas semanas começaram os rumores de que o contrato de exclusividade dos serviços de consignação seria assinad o. Porém, na semana passada os gerentes das agências bancárias que trabalham com essa operação teriam se reunido com secretários do governo, e foram informados de que a minuta de contrato estava pronta e seria assinada pelas partes interessadas.

"Uma comissão de correspondentes também se reuniu com os mesmos representantes do governo na terça-feira, 23, e foram informados pelos mesmos que a decisão vem de 'cima' e foge de suas alçadas. Na realidade, o contrato só não foi assinado na última sexta-feira, 19, por conta de um erro em uma das cláusulas do documento", declarou Luís Teixeira.

De acordo com o correspondente, a iniciativa é ilegal porque configura monopólio, além de prejudicar quase 30 mil trabalhadores do ramo que operam em todo o estado. Ele afirmou que o servidor estadual não terá opção de escolha e nem todos terão direito ao serviço, uma vez que o Banco do Brasil só libera o crédito para quem não possui restrições nos serviços de proteção ao crédito, diferentemente dos correspondentes bancários. No Maranhão existem 20 bancos e 100 correspondentes operando com empréstimos. "Esse contrato com toda certeza deve estar atendendo interesse político e econômico, mas, além de inconstitucional, ele atinge o servidor, que acaba sendo coagido a operar apenas com uma instituição financeira sem ter direito ao livre arbítrio. Precisamos ser ouvidos, pois também somos geradores de emprego", disse ele.

Os manifestantes revelaram que, além do Maranhão, o Banco do Brasil também tenta ganhar exclusividade nos estados do Piauí, do Mato Grosso do Sul e do Rio Grande do Norte. A estimativa é de que, com a assinatura do contrato, a instituição financeira fature com a operação entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões ao mês.

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