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Correspondente da CAIXA vira ‘FRANQUIA’

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Correspondente da CAIXA vira ‘FRANQUIA’      
31/08/2010

A partir de hoje, a Caixa Econômica Federal acrescenta à sua rede de 20.454 correspondentes bancários - sem contar as 10.545 casas lotéricas - três unidades bem diferentes daquelas que se costuma ver com a marca Caixa Aqui. Os novos postos, a serem inaugurados em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, até parecem banco. Diferentemente dos tradicionais correspondentes, o ambiente não se resume à caixa registradora do estabelecimento comercial. Em uma estrutura separada por paredes de vidro blindado, contam com mesas para gerentes - e cadeiras para os clientes -, caixa e cofre.

A novidade, entretanto, vai além da estrutura física mais elaborada e avança sobre a estrutura do próprio negócio de correspondente bancário. As três unidades abertas hoje têm um único dono, a
empresa Transmarketing Transações, com atuação nos mais diversos setores, da área de comunicação ao mercado de rastreamento de veículos.

Armando Paes, presidente da Transmarketing, diz que enxergou na atividade de correspondente bancário um nicho com potencial para ser explorado, criou uma espécie de
franquia e faz planos de expansão nada modestos. "Nossa expectativa é abrir 20 agências em oito meses somente na cidade de São Bernardo do Campo", diz Paes. O empresário mantém conversas, no momento, com outras três prefeituras de São Paulo.

Para a Caixa, a Transmarketing é apenas mais um correspondente. "Trata-se de empresa constituída, com alvará de funcionamento e sede própria", afirma Maria José Costa Sene, gerente regional da Caixa. Questionada sobre o fato de a sede da Transmarketing estar situada num local diferente de onde será prestado o serviço de correspondente bancário, Maria José argumenta que o papel do banco é averiguar se a região identificada como carente de serviços bancários, de fato, corresponde à realidade. "Não existe contratação de empresa para montar agência. Essa parte eu desconheço."

Com exceção do Banco Postal, uma parceria entre Correios e Bradesco, o modelo de correspondentes bancários equivalia, até então, ao de um segmento pulverizado. Cada loja ou farmácia funcionava, isoladamente, como um braço de serviços do banco ao qual está ligado. Tanto que até agora a antiga rede de 20.454 correspondentes bancários da Caixa tinha a mesma quantidade de
parceiros - ou seja, 20.454 diferentes CNPJs.

No caso da Transmarketing, a empresa faz o trabalho de prospecção dos locais que apresentam demanda de serviços bancários, aluga espaços no comércio da região e monta toda a infraestrutura de atendimento. O investimento, de acordo com Paes, pode variar de R$ 50 mil a R$ 100 mil. "Apresentei toda a documentação necessária à Caixa e fui aprovado", afirma Paes. "Funciona como se fosse uma licitação, já que não existe uma regulamentação específica para isso [a atividade de correspondente]."

Nos três bairros em que as unidades de correspondentes bancários da Transmarketing estão sendo inauguradas, a empresa calcula que cerca de 300 mil pessoas precisam se deslocar por 14 quilômetros para chegar a uma agência bancária. "A unidade vai oferecer não só transações corriqueiras de pagamentos, mas realizar também abertura de contas, pagamento de benefícios do INSS e até crédito imobiliário", diz Paes.

Como estarão localizadas em periferias, o cuidado com a segurança é grande. Os vidros blindados com 21 milímetros de espessura suportam tiro de qualquer arma de mão. O carro-forte, mais chamativo e com horários específicos de atendimento (na abertura e encerramento das atividades), foi substituído pelos serviços de um automóvel de passeio blindado, que presta serviço em horários diferentes e alternados.

A expectativa de Paes é que o investimento feito no negócio de correspondente bancário comece a dar retorno em apenas seis meses. Uma tabela de preços garante à Transmarketing a remuneração por cada tipo de operação feita nas unidades. Qualquer pagamento de conta, por exemplo, independentemente do valor da fatura, produz R$ 0,24 de receita. "Os números apontam para um grande negócio."

Fonte jornal Valor Econômico - Aline Lima

 

 

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