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Fibra avança em autos e consignado

 

 

Fibra avança em autos e consignado 

Vanessa Adachi, de São Paullo   30/03/2010

O Banco Fibra, do grupo Vicunha, controlado pela família Steinbruch, fechou no domingo a compra das operações de crédito para o varejo do concorrente Banco Sofisa, por R$ 120 milhões. Com esse novo passo, o banco praticamente dobra suas operações em financiamento de automóveis e de crédito consignado.

Atualmente, a Credifibra, financeira do banco, origina cerca de R$ 40 milhões em financiamentos de veículos mensalmente, mesmo volume que vinha sendo gerado pela promotora de vendas adquirida do Sofisa. No crédito consignado, ambas as instituições vinham originando R$ 25 milhões mensais. Mas, sem dar números, o Fibra sinaliza que quer dar mais escala à operação adquirida e que os números finais podem ser maiores. Além da promotora de vendas, o banco assume (cessão com coobrigação) uma carteira de crédito de R$ 400 milhões do Sofisa, sendo cerca de R$ 350 milhões de autos e o restante de consignado.

"Estamos dando sequência ao plano de crescimento do banco nas operações de varejo", afirmou Antonio Francisco de Lima Neto, presidente do Fibra. De acordo com ele, com essa operação, os financiamentos no varejo passam a representar 30% da carteira total de crédito do banco e esse avanço deve prosseguir. "No médio prazo, tende a representar metade da carteira" afirmou.

Ao assumir R$ 400 milhões em créditos do Sofisa, a carteira de veículos do Fibra somará R$ 800 milhões, enquanto a carteira total de operações de varejo irá a R$ 1,8 bilhão. O banco já havia comprado a Paulicred, no ano passado, com uma carteira de veículos de R$ 300 milhões.

O maior volume dos R$ 6 bilhões da carteira total do banco ainda está na operação de financiamento a empresas pequenas e médias, o chamado "middle market".

Segundo Lima Neto, depois de finalizado o processo de auditoria dos ativos adquiridos, o que deve ocorrer ainda no segundo trimestre, a compra será liquidada com pagamento em dinheiro. Os recursos, segundo o executivo, sairão do caixa da instituição. Na virada do ano, o Fibra tinha R$ 1,9 bilhão de liquidez (caixa e equivalentes de caixa).

A promotora de vendas do Sofisa vai agregar 200 funcionários ao Fibra que, segundo Marcio Ronconi, o executivo responsável pela Credifibra, serão mantidos. "São operações bastante complementares", disse. O nível de sobreposição na operação de veículos é pequena. O Fibra se concentrava em financiamentos de automóveis mais antigos, de 8 a 10 anos (idade média de 8 anos), enquanto o Sofisa financia usados com idade média de 4 anos (2 a 8 anos). "Os revendedores de veículos parceiros são outros." O Sofisa tem parceria com 3 mil revendedores de automóveis usados, enquanto o Fibra tem 1,5 mil parceiros.

Quando questionado sobre o que falta para o Fibra completar seus planos de atuação no varejo, Lima Neto responde que é a área de cartões. Ele diz que o banco está analisando algumas possibilidades de aquisição e que não acredita apenas em crescimento orgânico para se posicionar nesse mercado. O problema, diz, é que está todo mundo olhando para cartões e os preços estão subindo.

 

 

 

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