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FIBRA REFORÇA O VAREJO E PASSA A FINANCIAR VEÍCULOS

 

FIBRA REFORÇA O VAREJO E PASSA A FINANCIAR VEÍCULOS 

  jornal Valor Econômico 24/09/2009 - Fernando Travaglini

O Banco Fibra deu mais um passo no processo de ampliação do seu braço de varejo. Depois de trazer o ex-presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, e lançar um cartão de crédito co-braded para reforçar o CDC-lojista, a instituição deu o pontapé inicial na área de financiamento de veículos.

A instituição fechou ontem a compra da Paulicred Promotora de Negócios, que trabalhava para o Banco Paulista, em uma operação que terá custo aproximado de R$ 320 milhões. Com a compra, que inclui uma carteira de empréstimos de automóveis de mesmo valor, o banco engordou a carteira de crédito ao consumo para R$ 1 bilhão. "Queremos ser um banco relevante entre os médios e agregar valor à franquia Fibra", disse Lima Neto, presidente do banco.

A estratégia de expansão na pessoa física faz parte do plano da instituição de retomar o processo de abertura de capital já no próximo ano. Em maio de 2008, o banco recuou de um lançamento já listado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Segundo Osias Brito, vice-presidente do Fibra, na época o acionista entendeu que a avaliação feita não representava adequadamente o valor da instituição.

No mesmo ano, foi feito um aporte de capital de R$ 275 milhões pelo controlador, o Grupo Vicunha, e pela International Finance Corporation (IFC), sócia que detém 7,9% do capital.

O crescimento no varejo é fundamental para a um eventual lançamento de ações. O banco, criado em 1987, sempre teve vocação para o "middle market" (segmento de pequenas e médias empresas), mas não operava no nicho de pessoas físicas. Em 2006, iniciou um processo de entrada no segmento, que teve o ápice em 2007, com a compra da GVI Promotora de Vendas. Essa estratégia sofreu recuou com a crise financeira, em 2008, mas agora volta com força.

A apetite nesse segmento vem crescendo desde o início do ano, disse Márcio Ronconi, vice-presidente de varejo. O avanço mensal da carteira está hoje na casa dos 7% e a meta é fechar o ano com volume de empréstimos totais perto de R$ 1,3 bilhão.

Para isso, conta com uma estrutura de distribuição por meio de contratos com lojistas. A Paulicred possui acordo com 1,2 mil revendas de veículos e com 180 correspondentes ativos. Isso eleva para quase 10 mil os pontos de vendas atendidos pelo Fibra, incluindo as parcerias para o financiamento ao consumo. O banco também atua no consignado.

O crescimento orgânico é fundamental, mas novas oportunidades de aquisição também estão no radar e podem acontecer ainda este ano, disse Osias Brito, vice-presidente do Fibra e que no momento trabalha na estruturação da holding da família Steinbruch, do Grupo Vicunha, que controla o banco. A partir de 2010, Brito vai se dedicar apenas a essa holding.

Além de uma margem interessante, o segmento de varejo permite uma maior diversificação das operações do banco, disse Brito. Ele também destaca o potencial de crescimento do crédito para o próximo ano, seguindo uma expansão do PIB superior a 4%.

Se as metas se confirmarem, o Fibra chegará ao IPO com uma carteira da ordem de R$ 1,5 bilhão em pessoas físicas. No middle market, o saldo hoje é de R$ 4,3 bilhões, mas esse nicho também vem recebendo investimentos para fechar o ano em R$ 5 bilhões.

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