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Imprensa
Setor de crédito está ativo no País, afirma Febraban

Leandro Modé, de O Estado de S. Paulo                  
 

O setor de crédito está ativo no País e as medidas adotadas pelo governo
ajudaram os bancos. A avaliação é do presidente da Federação Brasileira de
Bancos (Febraban), Fábio Barbosa. Segundo ele, alguns setores foram mais
afetados que outros, mas, aos poucos, o mercado vai acomodar a nova demanda.
Para isso, porém, seria importante que os mercados internacionais tivessem
uma retomada de recursos.

Apesar de toda a reclamação, o estoque de crédito cresceu 3% em outubro.
Como avalia esse número?

É positivo. O setor financeiro continuou atuando no crédito em outubro e,
segundo os dados do Banco Central, no início de novembro também. O setor
financeiro não paralisou, como em alguns momentos se pensou. Vale ressaltar
que as liberações dos depósitos compulsórios pelo BC ajudaram os bancos a
poder continuar emprestando. O setor está ativ houve crescimento no mês,
no ano e nos primeiros dias de novembro.

Por que toda essa chiadeira, então?

As estatísticas mostram crescimento, mas a sensação é de que falta dinheiro.
Isso ocorre porque houve uma paralisação no mercado internacional e no
mercado de capitais. Como as empresas brasileiras não puderam mais buscar
financiamentos nessas fontes, vieram para o mercado de crédito em reais.
Houve, portanto, um congestionamento, pois não deu para atender a todos. A
demanda cresceu de uma hora para a outra. Criou-se, então, uma situação meio
paradoxal, na qual havia a sensação de que o dinheiro não circulava. Ainda
temos gargalos aqui e ali, mas a tendência é uma volta à rotina mais normal.

Ainda há gargalos?

O relatório do BC mostra os números médios, mas alguns setores foram mais
afetados do que outros. Há problemas pontuais aqui e ali, mas o mercado, aos
poucos, vai acomodando essa nova demanda.

Conseguirá mesmo acomodá-la?

Deverá acomodar. Mas seria importante que os mercados internacionais
tivessem uma retomada. A questão, aqui, é que o mercado brasileiro trabalha
com prazos mais curtos. Portanto, é importante, especialmente para os prazos
mais longos, que lá fora volte a funcionar.

O crédito cresceu, mas também ficou mais caro. Por quê?

Em primeiro lugar, porque o cenário ficou mais incerto. Ficou mais difícil
dar preço às operações. Além disso, não se sabe como a economia vai se
comportar. O segundo fator está ligado à demanda, que ficou pressionada. O
custo subiu por uma questão de oferta e demanda.

Quais as perspectivas?

É arriscado fazer qualquer prognóstico, em razão da alta volatilidade. Em
todo o caso, o que vemos é que a situação nos mercados está se acomodando.
Em novembro, continua a haver crescimento do crédito.

Como os bancos estão se adaptando a esse cenário?

Não se expondo indevidamente a riscos. Esse comportamento dos bancos explica
por que a turbulência não tem sido tão forte aqui. É o momento de não perder
a cabeça, de mantermos essa trilha. Temos visto, por exemplo, anúncios de
bancos para captar recursos via CDBs (Certificados de Depósitos Bancários).

Como encara as críticas de integrantes do governo aos bancos?

Repito aqui uma frase que tenho dit se o problema dos bancos fosse de má
vontade, a solução seria fácil. Temos procurado ser parceiros do governo.
Temos buscado o diálogo com entidades como a Anfavea para encontrar soluções
que atendam a todos os objetivos.

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