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Imprensa
Crédito ao consumo não perderá força, diz ACREFI

jornal Valor Econômico 13/08/2008 - Fernando Travaglini

O mercado de crédito ao consumo não deve sofrer uma desaceleração por conta da política monetária mais restritiva do Banco Central. A opinião é do novo presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), Adalberto Savioli.

Ele acredita que o crédito tem um papel muito importante no processo de desenvolvimento econômico e a continuidade desse ciclo de crescimento dos empréstimos deve continuar. "O BC dá sinais para segurar a economia e está correto. Mas também não quer desaquecer ou interromper o crescimento econômico." O estoque de crédito para pessoas físicas encerrou o mês de junho em R$ 263,5 bilhões, com alta de 21,2% em doze meses, segundo dados do BC.

Além das linhas já tradicionais no financiamento ao consumo, como o crédito pessoal e veículos, ele acredita que novas linhas podem despontar. "Os bancos já perceberam que o crédito pessoal com a garantia do imóvel (conhecido como "home-equity") tem muito espaço para crescer".

O executivo, que também é diretor do Banco Panamericano, toma posse no próximo dia 20 para um mandato de dois anos. Há oito na entidade e há mais de 25 no setor financeiro, Savioli assume no ano em que a entidade completa 50 anos.

Ele sucede Érico Ferreira, responsável pelos últimos quatro anos à frente da associação e pela melhoria da imagem das financeiras frente ao mercado de crédito. Ferreira continua na diretoria da entidade, mas volta atenções para sua financeira, a Omni, um das maiores instituições entre as independentes.

Entre os desafios para o novo mandato, Savioli destacou a vontade de ampliar o "cadastro positivo da Acrefi", com a entrada de novas instituições. A associação iniciou um compartilhamento de dados realizado pela Serasa e conta atualmente com 14 pequenas financeiras. A idéia é estender para as grandes, entre elas o chamado G5, composto por Aymoré (ligada ao Banco Real), Cacique (Société Générale) Losango (HSBC), Fininvest (Unibanco) e o próprio Panamericano.

"Os métodos para identificar quem paga bem e quanto cabe no bolso do cliente precisam ser aperfeiçoados, já que uma parcela importante do spread bancário é gasto com a inadimplência." Além disso, ele acredita que muitas pessoas poderiam entrar no sistema por conta do potencial de redução das taxas.

Outra novidade serão as análises mensais elaboradas por Istvan Kasznar, nomeado economista-chefe, e os estudos periódicos sobre o mercado de crédito ao consumo que serão publicados pela consultoria Fractal.

Além de tentar o pontapé inicial no tão prorrogado cadastro positivo, a associação também pretende cada vez mais tomar a frente em assuntos ligados ao crédito ao consumo. "Fomos nós que estudamos e propusemos o melhor modelo para colocar em prática a exigência de divulgação do custo efetivo total pelos bancos (valor que aponta quanto é pago efetivamente por um empréstimo).

Isso trouxe mais transparência ao mercado."

A Acrefi prepara também um código de ética e de conduta para balizar a atuação das 64 sócias. Recentemente, ainda foi chamada pelo BC para intermediar o contato com as pequenas financeira.

Hoje são mais de 120 espalhadas pelo país. "Seremos interlocutores e devemos ajudar para que elas atinjam o mesmo padrão das grandes instituições."

O mercado está dividido basicamente em três grupos: as financeiras ligadas aos grandes bancos e que detêm a maior parcela do setor; as instituições criadas pelos varejistas para fomentar as vendas; e as independentes, que mantêm o foco no crédito pessoal e em veículos.

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