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Imprensa
Tarifa de abertura de crédito é extinta

Eliane Mendonça/Folhapress

Se você puder esperar um pouco para pegar um empréstimo no banco, pode escapar de algumas cobranças. A partir do dia 30 de abril, a Taxa de Abertura de Crédito (TAC) e a Taxa de Liquidação Antecipada (TLA) estarão extintas, por determinação do Banco Central (BC).

São tarifas que pesam no bolso. A TAC pode equivaler a 6% do valor pedido ou a R$ 300,00, no máximo. A TLA varia conforme o prazo do empréstimo e o momento de sua quitação. Hoje, a TAC deve ser informada no momento do fechamento do contrato de crédito. Ela faz parte do Custo Efetivo Total (CET), que deixa mais transparente o valor cobrado de juros do consumidor e facilita a comparação de taxas entre os bancos.

As instituições financeiras devem informar ao consumidor o CET de cada operação desde o dia 3 do mês passado. A intenção é deixar mais transparente a comparação entre as cobranças de juros dos bancos.

Mas o fim dessas tarifas terá contrapartida. A maioria dos bancos aumentou o valor da taxa de cadastro para novos clientes, com exceção do Bradesco e do Banco do Brasil, que continuarão não cobrando a tarifa. O Itaú elevará de R$ 15,00 para R$ 150,00 a taxa de cadastro no dia 30, conforme tabela já divulgada pelo banco.

Quem abrir uma conta no Unibanco, que não cobra pelo serviço hoje, terá de desembolsar R$ 120,00. No Real, que também não cobra hoje, o valor será de R$ 60,00. A maioria dos bancos também passará a cobrar uma taxa de manutenção de cadastro, a cada seis meses, para clientes que não têm contratado um pacote de serviços.

A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) nega que o aumento da taxa de cadastro esteja ligado ao fim da TAC e da TLA.

De acordo com a federação, todas as novas tarifas bancárias, que passarão a valer no dia 30, foram aprovadas pelo Banco Central e estão de acordo com as novas regras da instituição. O BC ampliou o número de serviços gratuitos e reduziu drasticamente o número de tarifas em vigor nos bancos, que passou de 55 para 20. Além disso, as instituições também terão de oferecer um pacote básico de tarifas.

Todas as cobranças já estão disponíveis no site dos bancos. A lista das tarifas que passarão a valer no dia 30 também deve estar disponível nas agências bancárias.


Alta de juros

O fim das tarifas, no entanto, pode não diminuir o custo dos empréstimos. A previsão é do consultor e vice-presidente da Ordem dos Economistas do Brasil (OEB OEB), José Dutra Vieira Sobrinho. De acordo com ele, com a extinção das duas taxas, os bancos deverão elevar os juros cobrados nas operações de crédito, como forma de compensação. “No entanto, a informação sobre as cobranças ficará mais transparente para o consumidor. Aquele banco que antes dizia cobrar juros de 3%, mas tinha uma TAC de R$ 200,00, agora vai embutir o valor nos juros e, com isso, passará a informar a taxa de juros de 3,8%, por exemplo, que é um percentual mais próximo do real”, diz.

“A dica para quem tem a intenção de contratar uma linha de crédito de antecipação do IR ou do 13.º salário, é esperar o dia 30 de abril. Aí, sim, a escolha poderá ser feita de forma mais segura”, afirma Sobrinho.

Procuradas na última sexta-feira, as assessorias de imprensa dos bancos negaram eventual elevação da taxa de juros, após o dia 30 de abril, para compensar as taxas que deixarão de existir.

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