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Imprensa
Setor de crédito vai bem, dizem bancos

27 de Março de 2008 - Veja.com                

Reunidos com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, nesta quarta-feira, os principais representantes do setor bancário do país garantiram que tudo vai bem no setor de crédito no Brasil. "Os bancos estão preparados para suportar a continuidade da expansão dos empréstimos, sejam destinados ao consumo ou ao investimento”, afirmou o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Fábio Barbosa, segundo o jornal O Estado de S. Paulo .

Na reunião, Mantega questionou os dirigentes sobre os prazos dos créditos concedidos a pessoas físicas, principalmente para a compra de automóveis. Na visão do ministro, créditos acima de seis anos deveriam ser evitados. Isso porque, a partir do quinto ano, os proprietários começam a ter altas despesas com os veículos comprados e, com isso, deixariam de pagar as prestações.

Como o carro perde valor, os bancos e financeiras ficariam sem as garantias – o que, eventualmente, detonaria uma onda de calotes e poderia levar a uma crise no setor financeiro. Os executivos lembraram, porém, que o nível de inadimplência tem se mantido estável, atingindo 4,3% dos empréstimos bancários, segundo dados do BC.

Além disso, os banqueiros garantiram ao ministro que são poucos os financiamentos de seis a oito anos, ante o volume global de crédito concedidos. Eles disseram que a maioria dos contratos ainda é fechada para pagamento em até cinco anos.

"Calote" - O presidente da Febraban procurou afastar o receio do calote generalizado – a exemplo do que ocorreu no setor imobiliário dos EUA. "Pelo contrário, os bancos têm dado, por meio do crédito, uma contribuição importante para o crescimento da economia." Ele explicou ainda que o crédito tem crescido de forma adequada porque "existe respaldo das instituições" que controlam o mercado. E citou como bom exemplo o trabalho do BC de manter rigor na fiscalização das operações de crédito.

A expectativa do Banco Central é que o volume de crédito disponível no país cresça entre 20% e 25% neste ano, o que seria suficiente para elevar o saldo de empréstimos para um valor equivalente a cerca de 40% do PIB (Produto Interno Bruto). Se o dado se confirmar, será o nível mais alto já registrado pelas estatísticas do BC.

O volume de empréstimos consignados oferecido pelos bancos registrou aumento de 3,8% neste ano, e os financiamentos de automóveis, de 1,9%. No mesmo período, o total de crédito disponível no país teve expansão de 5,1%. Participaram do encontro, além de Mantega e Barbosa, os presidentes do Bradesco, Márcio Cypriano; do Itaú, Roberto Setúbal; e do Banco do Brasil, Antônio Lima Neto.

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