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Imprensa
BMG busca novo parceiro operacional

Jornal do Commercio (MG) 23/01/2008

Paulo Paiva e Sandra Kiefer                                               

O BMG está procurando uma instituição financeira para fechar parceria operacional de cessão de crédito no mesmo modelo que manteve, até dezembro, com o Banco Itaú. O contrato com o Itaú venceu no dia 8 do mês passado e não foi renovado. Tanto o banco paulista quanto o mineiro confirmaram o fim do acordo.

"Estamos em conjunto estudando formas que atendam aos interesses dos dois bancos, no que se refere ao acordo operacional", garantiu o Itaú em nota. "O acordo não foi renovado, mas isso não quer dizer que não poderá ser no futuro. O Itaú é grande parceiro nosso", frisou, na segunda-feira, o vice-presidente do BMG, Márcio Alaor de Araújo. Apesar disso, o executivo destacou que o BMG está "aberto" a novas parcerias.

Fontes do mercado acionário garantem que o banco mineiro já teria, inclusive, procurado o Bradesco para tentar uma parceria em substituição ao Itaú, mas as duas instituições negam qualquer acerto. BMG e Bradesco chegaram a negociar um contrato de cessão de crédito em 2004, mas a instituição mineira acabou optando pelo Itaú, que teria oferecido mais vantagens.

Segundo essas fontes, isso agora poderia ser um empecilho para uma parceria entre as duas instituições. Na época, para compensar a perda do BMG, o Itaú chegou a fechar acordos operacionais com cinco bancos de porte médio.

Balanço. O BMG, cujos focos de mercado são o crédito consignado e financiamento de veículos, divulgou balanço ontem apresentando um lucro líquido de R$ 507,5 milhões em 2007 e patrimônio líquido de R$ 1,3 bilhão. Segundo o balanço, a instituição mineira fechou o ano passado com um saldo de recursos captados de R$ 11,2 bilhões. Ocorre que, deste montante, nada menos que 58,7% representam cessão de crédito em parceria com outros bancos, como o Itaú - o que mostra a importância desse tipo de operação para o BMG.

Ainda segundo o balanço, do saldo de recursos 16,6% vieram de depósitos a prazo e interfinanceiros junto a investidores institucionais, instituções financeiras e pessoas física e jurídica; 12,9% tiveram origem no Fundo de Investimento em Direitos Creditórios; 10,7% de captações externas e 1,1% em outras captações. Em dezembro, o BMG fechou acordo de cessão de crédito com o Banco do Brasil, com término previsto para outubro deste ano, no valor de R$ 500 milhões. Segundo as fontes, se o banco não fechar acordo de grande porte com outro parceiro, terá que buscar recursos no exterior.

As negociações entre BMG e Itaú chegaram a avançar bastante no ano passado, com a possibilidade de compra da instituição mineira pelo banco paulista. O negócio, contudo, não foi fechado porque o BMG não teria concordado com o processo de averigação contábil proposto pelo Itaú. O procedimento é normal em todos os processos de aquisição.

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