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Imprensa
Planejamento garante bom uso do empréstimo

Diário do Nordeste                                    

A disponibilidade de crédito no mercado, a taxas de juros bem mais convidativas que as ofertadas há poucos anos, deixa o pretenso empreendedor fica bastante tentado a tomar um empréstimo e abrir uma empresa sem qualquer reserva financeira. Mas é preciso cautela para evitar que o sonho do negócio próprio se transforme no pesadelo do endividamento sem controle.

O coordenador do curso de especialização em Gestão de Pequenas e Médias Empresas, da Universidade de fortaleza (Unifor), Alberto Castelo Branco, aconselha que o financiamento seja tomado apenas quando a empresa já esteja completando seu primeiro ano de vida. ´O ideal é preparar-se por um tempo para que o pontapé inicial seja dado com recursos próprios´, afirma.

Reserva

O especialista argumenta que, na sua primeira fase, a firma ainda está se acomodando ao mercado, dificultando a definição de seu patamar de endividamento máximo. ´Com a experiência, é possível analisar o comportamento do setor e identificar quais os investimentos que podem trazer os melhores resultados´, defende Alberto Castelo Branco.

Para o superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Ceará (Sebrae/CE), Carlos Cruz, privilegiar o capital emprestado na hora de montar o negócio próprio pode ser bastante vantajoso. ´O dinheiro mais caro é o do próprio bolso´, afirma. É comum muitos empreendedores lançarem mão de recursos de parentes, empréstimos pessoais, cartão de crédito e outras fontes ainda mais caras de financiamento.

De acordo com Carlos Cruz, o novo empresário deve reservar suas finanças próprias para serem usadas como capital de giro. É que o custeio mediante empréstimos para esta finalidade ainda apresenta juros mais altos que os de investimento e cuja morosidade pode causar a perda de boas oportunidades.

´Imagine que um fornecedor está disposto a dar um bom desconto se o pagamento for feito à vista. Como é mais difícil liberar um empréstimo em tão pouco tempo, o melhor é ter sempre reservas próprias em caixa para este tipo de eventualidade´, defende.

Cruz lembra, ainda, que para a maior parte dos financiamentos produtivos no País é exigido algum tipo de contrapartida, que chega a ser de até 40% do valor total pleiteado. Para contornar o problema, o Sebrae está investindo na popularização das Sociedades Garantidoras de Crédito — associação civil sem fins lucrativos que tem por finalidade fornecer garantias e assessoria técnica para viabilizar o acesso ao crédito de seus associados.

A aprovação da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas cria uma ambiente favorável para discutir a criação de sociedades garantidoras de crédito no Brasil, sobretudo porque o artigo 60 da legislação trata de acesso ao crédito. Experiências de sociedades já existem no Sul do País, desde 2004.

Outro ponto favorável da disponibilidade de uma reserva em capital próprio é a manutenção de um maior grau de flexibilidade gerencial. ´Como durante o processo de concessão de financiamento os bancos podem vetar determinadas operações, é melhor estar preparado para não deixar escapar boas chances de reformulações nas empresas´, argumenta Carlos Cruz.

MISS RETRÔ

Loja própria vira realidade em 2008


O começo de 2008 terá um sabor todo especial para a publicitária e estilista Renata Mendes Sales. Logo em janeiro, o sonho acalentado há anos deve se tornar realidade: uma loja com estilo e marcas próprios para expor suas peças, a Miss Retrô.

Os primeiros passos da marca dados há menos de um ano, quando Renata resolveu comprar peças em São Paulo e Belo Horizonte para vender para amigas em Fortaleza. ´Eu queria primeiro criar o tino comercial e aprender a gerenciar melhor antes de partir para produzir minhas criações´, diz.

Laboratório

A cada viagem mensal, ela chegava a trazer até R$ 20 mil em roupas para vender por aqui. Esta rotina foi um laboratório para a empreendedora, que culminou na elaboração do projeto da tão sonhada loja. ´Partir para a venda de fato ajuda a entender o que os consumidores querem e como o mercado está respondendo às suas propostas´, lembra.

Durante a gestação do negócio, ela se preocupou em conhecer melhor o ramo em que atuaria. Fez minicursos de modelagem, desenho e costura e começou uma pós-graduação em moda, mas o que mais a preocupava era a administração da empresa em si. ´Sempre tive muito interesse por moda e pela criação. Então, lidar com essa parte é um grande prazer. O maior desafio é mesmo tomar conta das finanças e dos pagamentos a fazer e a receber´, afirma a moça.

Com a experiência acumulada, o estabelecimento já se prepara para abrir com foco na venda por atacado. ´Estou apostando no tratamento diferenciado e personalizado com as clientes como principal estratégia para conquistar espaço´, prevê Renata.

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