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Imprensa
Moeda estável foi o pontapé

Diário do Nordeste

Anchieta Dantas Jr.                                               
Repórter

A estabilidade da moeda e o papel dos promotores financiadores também tiveram sua parcela de contribuição para expansão e consolidação da atividade industrial na economia nordestina, nos últimos dez anos. A primeira por permitir o aumento relativo do consumo interno, o segundo por meio da expansão do volume de crédito e pela elasticidade dos prazos de financiamento. ´A estabilidade da moeda advinda do Plano Real, implementado em 1994, permitiu o aumento relativo do consumo interno´, fala Suely Chacon, presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), o que justifica a ampliação do parque fabril no Nordeste para atender à demanda da Região.

Um outro fator, acrescenta, foi a concessão de empréstimos no âmbito do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), repassados pelo Banco do Nordeste (BNB). No caso do Estado do Ceará, o banco contratou, de 2002 até o ano passado, 944 operações para o setor industrial, correspondendo a R$ 518 milhões em financiamentos às empresas. De janeiro a novembro desse ano já são 368 contratos, equivalentes a R$ 60,3 milhões.

Suely Chacon destaca, ainda, como ação do BNB para promoção do desenvolvimento regional, o incentivo dado às pesquisas a partir do Fundo de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Fundeci), administrado pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), ligado ao banco, que garante o investimento na geração de novos conhecimentos voltados para a Região, notadamente para o semi-árido. Desde a criação do Fundeci, em 1971, até outubro deste ano, o banco apoiou 1.589 projetos, injetando cerca de R$ 215 milhões em toda a sua área de atuação, que abrange os nove estados nordestinos, mais o Norte de Minas Gerais e o Norte do Espírito Santo.

´As pesquisas apontam formas inovadoras de convivência com o semi-árido e fornecem informações valiosas para que os novos empreendimentos que recebam o apoio do BNB se adequem ao princípio da valorização desse espaço e de seus habitantes´, explica. O que, de acordo com ela, significa uma nova perspectiva para o desenvolvimento regional, com emprego mais adequado dos recursos e a atração de empresas mais comprometidas com a sofrida população nordestina.

´As discussões atuais mostram que o desenvolvimento regional toma um novo rumo e lhe é da a dimensão adequada. A valorização das peculiaridades locais é enfatizada e a construção de estratégias de planejamento se volta para a geração de novos conhecimentos sobre as riquezas da Região. Conhecimentos estes que definem quais investimentos devem de fato ser incentivados, levando a uma real melhoria da qualidade de vida das pessoas, inserindo-as de forma definitiva no processo de desenvolvimento´, comenta Suely Chacon.

´Se vamos investir no Nordeste, temos que procurar atividades que potencializem as características da Região, que valorizem sua diversidade e que aproveitem suas vantagens comparativamente às vantagens de outras regiões´, defende a economista.

CELIGRÁFICA É EXEMPLO

Verba promove ampliação de empresas


A importância do crédito para a ampliação das empresas no Nordeste e no Ceará, e conseqüentemente para o desenvolvimento regional, é um exemplo claro da trajetória da Celigráfica. Há 25 anos no mercado gráfico cearense, a empresa, segundo seu principal dirigente, Giovani Montezuma, logo no segundo ano de atividade, partiu para um financiamento com o Banco do Nordeste (BNB) para aquisição de máquinas e equipamentos. Posteriormente, foi a vez de financiar a ampliação das instalações e a modernização do maquinário. A parceria deu tão certo, que de lá para cá já são oito contratos de empréstimos contraídos com o banco, no âmbito do FNE.

´O mais importante é o apoio que o BNB dá. Tanto em nível da gerência geral como da gerência de conta´, destaca o empresário. ´É um apoio diferente das outras instituições. O banco olha o cliente como um investidor no desenvolvimento do Estado, capaz de gerar emprego e renda´, completa. De acordo com ele, isto se justifica pelas condições oferecidas. ´É um empréstimo de baixo custo, com juros abaixo do mercado, com prazo de carência maiores e ainda bônus de adimplência´, destaca Montezuma. Quando de sua fundação, ele revela que a Celigráfica empregava entre seis e oito funcionários, passados 25 anos, as duas unidades da empresa, hoje em operação, mantém 140 funcionários ativos. Quanto aos planos de expansão para outros estados nordestinos, o empresário fala que não é a hora. ´Ainda não temos potencial para sair do Ceará. Além disso, existe uma carência muito grande de gráficas aqui no Estado, daí a necessidade de continuar investindo aqui. Para se ter uma idéia do potencial do mercado cearense, tem muita empresa de fora realizando trabalhos dentro do Estado´, justifica.

INTEGRAÇÃO PÚBLICA

Banco amplia parcerias em prol da região

O Banco do Nordeste (BNB), recentemente, firmou mais de 20 parcerias com organismos internacionais, ministérios, estatais e entidades de classe, além de diversos convênios de assistência técnica e financeira com universidades e instituições de pesquisa da sua área de atuação. De acordo com Roberto Smith, presidente da instituição financeira, a parceria com os bancos públicos é estratégica para o Nordeste e o Banco tem interesse em promover o estreitamento da relação entre as instituições em prol do desenvolvimento da região.

´Como bancos oficiais, nós temos encontrado caminhos de complementaridade e essa é a nossa intençã trabalhar em busca de parceria e, não, de concorrência. Dessa forma, ganha o povo nordestino, ganha o Brasil´, afirmou o presidente da instituição, durante o 4º Encontro de Governadores do Nordeste, realizado em outubro último, em São Luís (MA).

Com o BNDES, Smith destaca a realização de projetos estruturantes para o Nordeste, relacionados ao Programa de Aceleração de Crescimento (PAC). Com o Banco do Brasil (BB), o BNB firmou parcerias para promover o compartilhamento da rede de auto-atendimento e a operacionalização do cartão de crédito Conterrâneo, seguros e planos de previdência privada. Quanto à Caixa Econômica, o Banco pretende realizar convênios de compartilhamento de redes e serviço de correspondente bancário.

´O BNB não é um banco de varejo, portanto não tem como ampliar suas aplicações com pessoa física no ritmo dos bancos privados. Nosso foco de crescimento é a micro e a pequena empresa´, declarou recentemente o diretor de Controle e Risco do Banco, Luiz Everton de Farias.

SELF-SERVICE DE AUTOPEÇAS

Capital de giro permitiu avanço


A necessidade imediata foi capital de giro, agora o empresário Wilkinson Ximenes de Queiroz já pensa na contratação de um financiamento para ampliação da empresa e inauguração já no primeiro semestre de 2008 de uma filial para o Mercantil de Autopeças Rio Jordão, atualmente com apenas uma loja localizada no bairro de Fátima, em Fortaleza. ´Pena que conheci o apoio do Banco do Nordeste somente este ano. O banco tem sido de grande ajuda para empresas como a minha´, destaca.

Queiroz conta que a empresa está em atividade desde 1999. Seu grande diferencial em relação às demais lojas de autopeças da Capital cearense é que a empresa se propõe a ser um self-service desse tipo de produto. ´Não temos balcão. Apenas caixas. O cliente vem escolhe o que deseja e passa direto no caixa´, explica.

Para ampliar os estoques e ofertar mais opções à clientela, ele decidiu contar com o apoio do BNB na contratação de capital de giro, por meio das linhas para financiamento de capital de giro comercializadas pelo banco. ´Estou muito satisfeito com o apoio que estão me dando´, fala.

A loja que emprega 16 funcionários, sem contar com os integrantes da família, prepara-se agora para ganhar uma filial. ´E mais uma vez pretendo contar com o apoio do BNB´, diz. ´Afinal, o acesso ao crédito é importante para o desenvolvimento e o banco trabalha com juros e prazos que compensam´, justifica.

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