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Imprensa
Portabilidade Ameaçada

jornal Correio Braziliense 25/05/2007 - Vicente Nunes                         

Lançada com estardalhaço pelo governo como importante instrumento para
aumentar a competição entre os bancos e reduzir os custos dos empréstimos, a
portabilidade do crédito dificilmente vai emplacar. A constatação foi feita
pelo presidente do Banco HSBC, Emilson Alons a portabilidade não tem força
suficiente para mudar a relação que os clientes têm hoje com os bancos. "Há
uma inércia muito forte. Na maioria das vezes, o cliente de um banco se
recusa a trocar de instituição por já operar com ela há bastante tempo. Não
há portabilidade que dê jeito nisso", afirmou.

Pela portabilidade, o cliente de um banco pode transferir suas dívidas para
outra instituição que ofereça juros mais baixos. "Mas não adianta. Mesmo
antes da portabilidade, lançamos alguns produtos, como a transferência do
saldo de um cartão de crédito de um banco concorrente para o nosso, com
desconto de 10% na dívida, e não deu certo", disse. "Pelo que já testamos,
posso assegurar que a portabilidade do crédito é um produto que não pegou e
não vai pegar", sentenciou. "O que realmente importa para o consumidor
bancário é a relação que ele tem com o banco no qual tem conta."

Apesar da resistência dos consumidores em relação à portabilidade, os bancos
também têm dado uma mãozinha para dificultar a operação. Instituíram uma
taxa punitiva para aqueles que pagarem antecipadamente seus créditos. Ou
seja, quando alguém adere à portabilidade, pega o dinheiro em outro banco a
um custo mais barato para quintar a dívida mais cara, é obrigado a pagar uma
espécie de pedágio na saída. Em alguns casos, esse pedágio é tão alto, que é
melhor para o cliente continuar pagando as prestações da dívida cara até o
final do contrato.

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