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Imprensa
A portabilidade de crédito avança com 474 operações

jornal DCI 03/05/2007 - Wellington Miyazaki                            

Desde o final de dezembro de 2006, quando foi aprovada a opção pela portabilidade do crédito entre as instituições financeiras, já foram realizadas 474 operações desse tipo no País. Para os especialistas ouvidos pelo DCI o potencial de crescimento desse mercado para os próximos cinco anos é de atingir 10% do volume total de operações de crédito, que até março somou um volume estimado em R$ 757,1 bilhões.

Os dados levantados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostram que a portabilidade de crédito, que permite a transferência de ativos entre as instituições financeiras, acirra a disputa entre os bancos, que passam oferecer menores taxas de juros para a transferência de dívidas de investidores, com o objetivo de fidelizar novos clientes.

Nos Estados Unidos, a portabilidade já é uma prática recorrente, principalmente em relação ao setor de crédito imobiliário e chega a 10% do crédito total do País.

O assessor técnico da Febraban, Ademiro Vian, afirmou ao DCI que a divulgação do processo de portabilidade, será decisiva para sua maior ou menor adesão. “Nos EUA, a portabilidade é bastante representativa na área de crédito imobiliário. Aqui no Brasil o processo já está viabilizado tecnologicamente”, diz.

Para o especialista em matemática financeira, Marcos Crivelaro, a idéia da portabilidade é que os bancos fizessem um leilão em relação às dívidas. “Até mesmo os seguros de vida e a poupança premiadas estão sendo oferecidos”, ressalta Crivelaro.

Alta no crédito

O volume total de empréstimos do sistema financeiro cresceu 21% em março comparado ao mesmo mês do ano passado, somando R$ 757,1 bilhões, de acordo com o Banco Central (BC).

Segundo a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), apenas as contratações de financiamentos imobiliários realizadas pelos promotores do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram, no primeiro trimestre, R$ 2,9 bilhões, com média mensal próxima de R$ 1 bilhão. “Este desempenho permite supor que é grande a probabilidade do volume de crédito imobiliário no âmbito do SBPE superar R$ 11 bilhões neste ano”, afirma o diretor geral da Abecip, Osvaldo Correa Fonseca.

“Desde 2003, quando houve alterações na legislação vigente, os bancos ficaram mais dispostos a conceder crédito”, completa Fonseca.

Fernando Cruz, diretor da Brazilian Securities, empresa do Grupo Ourinvest, afirma que a expansão do crédito imobiliário deverá fazer surgir novas normas relativas à adaptação à portabilidade. “Existe a dificuldade da transferência ter que passar pelo registro de imóveis”, afirma Cruz.

O administrador de investimentos Fábio Colombo diz que a implantação desse tipo de transação é saudável para a economia pois há redução do spread e de custos para o tomador de crédito. “Há um aumento do leque de opções, que pode atrair clientes para um banco que ofereça uma oportunidade mais interessante de pagamento”, diz Colombo.

Para o consultor de investimentos Wenderson Wanzeller, a portabilidade de crédito é um avanço no sistema financeiro do Brasil. “Contudo, junto com a normatização da portabilidade, veio uma nova resolução do BC que permite aos bancos a cobrança de tarifas para liquidações antecipadas de contratos, o que exige atenção”, afirma Wanzeller.

A Caixa Econômica Federal disponibilizará crédito de R$ 35,4 bilhões para micro, pequenas e médias empresas este ano. Isso representa um aumento de 51,92% em comparação aos R$ 23,3 bilhões de 2006.


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