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Imprensa
Lojista tem nova opção

jornal Diário do Comércio (SP) 26/03/2007 - Davi Franzon             

A indústria de cartões procura alternativas para a baixa utilização pelo consumidor dos private labels, plásticos exclusivos para uma determinada rede ou lojista. De aproximadamente 112 milhões de unidades emitidas, apenas 30%, em média, são ativadas, gerando uma alta margem de ociosidade.

Para reverter essa situação, várias opções estão sendo testadas. Como a criação do modelo híbrido – que permitirá o uso dos cartões em outros estabelecimentos – e parcerias com entidades de classe para popularizar o acesso aos cartões.

A parceria entre a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e a Losango Financeira, braço do banco HSBC, foi uma das primeiras iniciativas nessa área. A operação insere pequenos e médios comerciantes no segmento dos plásticos exclusivos, até então impedidos de utilizar esse meio de financiamento devido ao seu alto custo de estruturação.

Segundo o responsável pela área de varejo da Losango, Mário Mascarenhas, os cartões em parceria com a ACSP abriram um novo caminho para o plástico. Sua formatação o torna acessível ao público das classes C, D, E, que hoje não tem acesso a essa forma de parcelamento. Para os lojistas, são oferecidas duas opções de private: a primeira para uma base de pelo menos 20 mil cartões e a segunda, "genérica", para base de 5 mil plásticos. A taxa de juros cobrada fica entre 2% e 2,5%.

No caso dos microvarejistas, podem ser feitas, ainda, parcerias entre os comerciantes para que a base mínima de 5 mil plásticos seja alcançada. Segundo Mascarenhas, a reunião dos comerciantes é realizada pela ACSP. "O mais próximo, no momento, é uma ação com os empresários da Rua 25 de Março. Os privates serão oferecidos aos lojistas de todos os portes da região". A base de cartões ACSP, hoje, fica na casa de 500 mil. A Losango projeta dobrar esse número em 2007.

Híbridos – Na outra ponta, a financeira se uniu à Visa para colocar no mercado um modelo híbrido de private label. Sua formatação, assim como os "embandeirados" (que levam as bandeiras de empresas de crédito, além da loja), permite o uso dentro e fora do emissor, mas com a possibilidade de taxas de juros menores nas compras realizadas com o lojista. A taxa interna fica entre 2% e 2,5%, dependendo do volume de transações. "São 310 estabelecimentos credenciados. Comprando fora do emissor, o consumidor paga a taxa Visa. O percentual na compra fechada é negociado entre a Losango e o varejista", diz.

Para o vice-presidente de Produtos da Visa do Brasil, Eduardo Chedid, o modelo híbrido é uma evolução necessária para o private label. Ele acredita que o modelo de cartão fechado desestimula o consumo, já que, em média, uma compra não é realizada em um mesmo estabelecimento mais de uma vez por mês.

Abertura – Chedid prevê que o mercado brasileiro trilhará o mesmo caminho do norte-americano, cuja abertura das bandeiras elevou o número de ativações. "Nossa parceria com a Losango é uma opção para o setor. Redes como a C&A, por exemplo, já decidiram pela abertura dos privates. Outras seguirão esse caminho. O embandeiramento é o futuro dos privates no Brasil."

O processo de abertura dos cartões no comércio brasileiro é iminente, segundo o diretor geral da Amex Cartões, empresa do Bradesco, Marcelo Araújo Noronha. Mas ele destaca a complexidade no comportamento de consumo do usuário de private. Um teste realizado com um shopping center, no qual eram oferecidos cartões que valiam para todas as lojas, registrou efetivação de apenas 5%. "O consumidor respondeu que optava pelo private do lojista em vez do plástico do shopping, devido às vantagens oferecidas", afirma Noronha.

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