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Imprensa
Endividamento atinge 62% dos paulistanos

portal Consumidor Moderno 19/03/2007                                  

O número de consumidores endividados na cidade de São Paulo atingiu 62% dos entrevistados em março, o que representa alta de um ponto percentual em relação ao mês anterior. Segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (PEIC), em comparação ao mesmo período do ano passado, houve queda de 2 pontos percentuais. A situação do endividamento é mais grave entre os consumidores com rendimentos entre 3 a 10 salários mínimos: 67% contra 65% em fevereiro.

A PEIC é apurada mensalmente pela entidade desde fevereiro de 2004. Os dados são coletados junto a cerca de 1.360 consumidores no município de São Paulo.

Segundo análise do presidente da Fecomercio, Abram Szajman, o aumento no total de endividados é fruto da aquisição de novos empréstimos - contraídos para quitar as dívidas de início do ano, como IPTU, IPVA, material escolar, entre outras. "Se não tivermos um crescimento significativo de renda e emprego, esta situação contribuirá para o aumento da inadimplência e inibirá a contratação de novos empréstimos - o que a longo prazo poderá afetar o comércio", afirma Szajman.

A situação dos inadimplentes - endividados com contas em atraso - também apresentou piora, passando de 40% em fevereiro para 41% neste mês. Já na comparação com o mesmo período do ano anterior, houve queda de um ponto percentual. Já o comprometimento da renda, indicador do percentual de rendimentos empenhados com o pagamento de dívidas, ficou estável no mês, mantendo-se em 33%. Vale ressaltar que apesar da estabilidade, esse patamar ainda é muito elevado.

Em março, os consumidores que declararam intenção de pagarem, total ou parcialmente, suas dívidas em atraso atingiu 66%, alta de um ponto percentual em relação ao mês anterior. A parcela dos que informaram que não poderão pagar os compromissos, atingiu 34%, contra 33% em fevereiro. Quanto ao prazo médio de endividamento, predomina o intervalo de três meses a um ano, atingindo 43%, contra 46% no período anterior. Para 22% dos entrevistados, as dívidas vencem em até três meses e, para 34%, o período é superior a um ano.

Análise detalhada

Dos que ganham até três salários mínimos, 65% afirmam possuir dívidas voluntárias. Na faixa acima de 10 salários, 55% encontram-se nessa situação. A inadimplência, por sua vez, distribui-se da seguinte forma: dos que ganham até três salários mínimos, 59% afirmam possuir dívidas em atraso; na faixa de três a 10 salários, 39% encontram-se nessa situação; e, no universo dos que recebem rendimentos acima de 10 mínimos, 25% declaram  pendências.

Com relação ao comprometimento da renda, os que ganham até três salários mínimos apresentam cerca  35% de seu orçamento comprometido com dívidas. Na faixa de três a 10 salários, 33% têm sua renda empenhada com dívidas. Entre os consumidores com rendimentos superiores a 10  mínimos, este percentual é de 30%.

Na análise segmentada por faixa etária, a proporção de consumidores com menos de 35 anos estão endividados é maior: 64% contra 59% dos entrevistados com idade acima deste patamar. Já entre homens e mulheres não houve diferença: 62% do universo em ambos os casos pesquisado encontra-se endividado.

Conclui-se que a situação em relação ao endividamento é mais grave entre os que ganham até 3 mínimos, e atinge mais de um terço de seu orçamento. Os dados indicam que quanto menor o nível de renda, maior é o de endividamento e mais provável é o atraso do pagamento, por conta do comprometimento da renda com gastos de primeira necessidade.

A inadimplência é um dos principais indicadores na análise de concessão de novos empréstimos e impacta diretamente na taxa de juros ao consumidor.

Quando analisada a intenção de pagamento das contas em atraso, observa-se que,  quanto maior a renda, mais acentuada é a disposição em quitá-las: 73% dos que ganham entre 3 e 10 salários mínimos e 94% dos entrevistados com rendimentos superiores a este patamar. Já entre os que recebem até 3 mínimos, o percentual é de 48%.

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