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Imprensa
Riachuelo prevê 10 lojas e uma financeira

jornal Gazeta Mercantil 15/03/2007 - Maria Luíza Filgueiras          

Depois de cinco anos praticamente sem expansão orgânica, a retomada de aberturas de unidades marcou o desempenho de 2006 da Lojas Riachuelo e terá continuidade este ano, agora com foco no mercado carioca. Com 86 lojas, sendo 9 inauguradas no último exercício, a varejista prevê 10 unidades para 2007, sendo 8 no Rio de Janeiro. Além disso, prevê iniciar no segundo semestre a operação de sua financeira, que converterá o cartão private label Riachuelo em plástico de crédito.

"Vamos inaugurar três lojas neste primeiro semestre, uma em Salvador, reforçando a presença no Nordeste, e duas no Rio, sendo uma de rua e uma em shopping. Já temos ali mais seis endereços em negociação", conta Flávio Rocha, vice-presidente e diretor de RI do grupo Guararapes, controlador da Riachuelo. "Estamos muito otimistas com o mercado carioca como um novo front de expansão, que passa a ser prioridade."

O grupo planeja investir R$ 220 milhões este ano, sendo R$ 120 milhões para o varejo e o restante para a indústria, que sofrerá alterações para produzir peças de maior valor agregado. "No ano passado, foram aplicado R$ 73,2 milhões para remodelação de 15 lojas e R$ 50 milhões para inaugurações. Este ano faremos entre 5 e 10 reformas de loja", aponta Rocha. Nas lojas remodeladas, a rede registrou um aumento de até 40% nas vendas em março.

A estratégia de vender itens de maior valor agregado já vem surtindo efeito. No quarto trimestre, a rede conseguiu um aumento de 10% no tíquete médio em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 106,85.

Financeira Midway

O grupo Guararapes já iniciou o processo de requerimento junto ao Banco Central para operação da Financeira Midway, que leva o nome do shopping da rede em Florianópolis. A expectativa é que a operação tenha início já no segundo semestre deste ano.

"Apostamos na oferta de serviços financeiros através da Midway, que trará ganhos fiscais e operacionais para o grupo, principalmente com o ‘embandeiramento’ do cartão Riachuelo", afirma Rocha. "Temos uma massa valiosa de cartões private label no mercado e nosso plástico poderá ser utilizado em outros estabelecimentos comerciais, aumentando as transações."

Ao término de 2006, 11,9 milhões de cartões da rede estavam em circulação, sendo 1,4 milhão emitidos durante o último exercício. Rocha lembra que, das 86 lojas, 40 são de rua e 48 em shopping centers. "A flexibilidade do modelo Riachuelo facilita o processo de expansão da rede. Há excelente propensão para venda de produtos financeiros em lojas de rua", diz.

A rede considera ser possível transformar 10% dos cartões private label em cartões de crédito em curto prazo (entre um e dois anos). "Mas o principal determinante do ritmo de conversão será nosso funding (captação de recursos para investimento) e nosso aprendizado", afirma. "Conforme o perfil do nosso cliente, há espaço para até 20% de conversões (correspondente a 2,38 milhões de cartões), considerando plásticos de crédito com limite de R$ 500 e R$ 1 mil."

Em 2006, a empresa elevou em 8,3% a receita bruta - número distante dos 40% previstos no início do exercício. "A quebra de expectativas foi no mercado em geral, cujo maior exemplo é a taxa de crescimento do PIB. Ainda assim, retomamos expansão e tivemos crescimento de 147% no lucro líquido", diz. Rocha destaca que, não fossem os estoques acumulados no início de 2006 devido às previsões elevadas, o resultado seria melhor. Mas a recepção do mercado foi positiva: as ações subiram 3,15% para R$ 90,00.

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