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Imprensa
Operações de crédito cresceram por causa da estabilidade econômica

Stênio Ribeiro - Agência Brasil                                    

O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes, avaliou ontem que as operações de crédito vêm crescendo gradativamente por causa da maior estabilidade econômica do país, que faz com que as pessoas tenham certeza de poder pagar os compromissos assumidos. De acordo com o relatório de janeiro sobre Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro, as operações de crédito cresceram 21,4% nos últimos 12 meses.

Segundo o diretor do BC, quando as pessoas têm crescimento de renda e aumento dos níveis de ocupação, ficam “mais propensas a se endividar”. Altamir Lopes ressaltou ainda o fato de os juros relacionados a crédito virem caindo “de forma expressiva” em decorrência da redução da taxa básica de juros (Selic) e da estabilidade da inadimplência nos últimos meses.

“A taxa de juros às pessoas físicas e jurídicas vêm caindo, e isso faz com que se tenha maior demanda por crédito. Associado a isso tem também o quadro de elevação de prazos, o que torna os empréstimos mais atraentes”, disse.

O que está na contramão dessa tendência, apontou Altamir Lopes, é o spread (diferença que o banco cobra entre a captação e a concessão do empréstimo), que aumentou de 13,4% para 13,6% para pessoas jurídicas, e subiu de 39,6% para 40% para pessoas físicas.

De modo geral, segundo o Banco Central, os bancos reduziram de 142% para 141,9% ao ano a taxa média de juros do cheque especial em janeiro, com recuo de 5,9% em 12 meses. O crédito pessoal manteve a cobrança de taxa média de 57,2% e a aquisição de veículos encareceu de 32,3% para 32,7%, enquanto o crédito para aquisição de outros bens caiu de 61% para 59,3% ao ano.

Para as pessoas jurídicas houve aumentos de 31,1% para 32% nas aquisições para capital de giro e de 64,8% para 65,4% nas operações de conta garantida. O crédito às empresas ficou mais barato, contudo, em relação ao desconto de duplicatas, que caiu de 36,6% para 35,5%, e no desconto de promissórias, que baixou de 48,4% para 46,8% na comparação janeiro-dezembro.

Como vem acontecendo desde 2005, a modalidade de operação de crédito que tem crescido mais é a consignada em folha de pagamento, descontada diretamente no salário, sem riscos para o cedente, segundo o BC. Nesses casos, a taxa média cobrada pelos bancos foi de 32,9% em janeiro, com queda de 0,4 ponto percentual em relação a dezembro, no mesmo nível dos juros cobrados nos financiamentos de carros.

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