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Imprensa
Viagem com pagamento consignado

boletim O Tempo (MG) 30/01/2007                                         

Tempo disponível é o que faz dos aposentados um grande filão para o turismo. Para explorar ainda mais esse potencial, a CVC lançou um pacote de viagem com pagamento consignado em folha e prazo de até 36 meses.

A modalidade funciona da mesma forma que o empréstimo consignado, com juros reduzidos de até 2,86% ao mês, três vezes e meia menor que os juros mensais do cartão de crédito (hoje, em torno de 10%).

O gerente regional da CVC, Edgar Toledo, explica que as regras são as mesmas para os empréstimos consignados oferecidos pelos bancos, inclusive o limite de crédito, que não pode ultrapassar 30% do valor do benefício do aposentado ou pensionista.

“O pacote é uma parceria da CVC com o banco Bonsucesso, que já tem experiência no assunto. O cliente contrata o produto e a prestação da viagem é descontada diretamente no salário”, ressalta.

Não há restrições de destinos, nem limite mínimo para ter direito ao parcelamento de até 36 meses, explica o gerente da CVC do Wal-Mart, Cláudio Pimenta.

“Desde que a prestação não comprometa mais do que 30% da renda mensal, o aposentado ou pensionista poderá usar a opção para qualquer cidade, em território nacional ou internacional.”

Para ter direito ao plano consignado, o cliente terá que apresentar o contracheque. Com o número da inscrição no INSS, a agência vai checar, pela Internet, se o aposentado ou pensionista tem algum outro empréstimo consignado.

“Se ele tiver 20% da renda compromissada com outros créditos, por exemplo, terá direito a usar 10% para contratar o pacote de viagem”, explica Pimenta.

Suavizando as prestações

As prestações vão variar de acordo com o salário de cada cliente, com o comprometimento da renda e também com o valor da viagem escolhida.

“Considerando um aposentado com renda mensal de R$ 2.000, que não tenha feito nenhum outro empréstimo com desconto em folha e escolha um pacote de R$ 1.000 para ele e a mulher, o cliente poderá dividir a viagem em até 36 parcelas de R$ 98,32”, exemplifica Pimenta.

Atualmente, o plano mais extenso da CVC é de uma entrada mais 12 vezes, com juros de 2,37% ao mês. Se o aposentado acima fosse recorrer a essa modalidade, a prestação seria de R$ 177,60. A chance de pagar parcelas mais suaves para realizar aquela viagem tão sonhada tem o seu preço.

Enquanto, no pacote de 36 vezes, a viagem sai por R$ 3.539,53, no prazo de 13 vezes, ela cai para R$ 2.308,80, ou seja, fica 53% mais barata. O produto da CVC foi lançado em dezembro do ano passado, como alternativa para atrair mais clientes e amenizar os impactos negativos que a crise da aviação gerou para o setor de turismo.

Segundo Toledo, as perdas chegaram a 10% no final do ano passado. “O produto é recente e esperamos que a procura comece a crescer depois do Carnaval, quando começa a baixa temporada.”

Análise do contrato evita dissabores

Dos 19 milhões de aposentados e pensionistas do Brasil, quase 6,9 milhões já recorreram aos bancos para tomar empréstimos com descontos mensais nos seus benefícios. Mais de R$ 20 bilhões já foram emprestados pela modalidade de empréstimo consignado, desde que foi criada, em 2004.

“A oportunidade de ter crédito a juros reduzidos para comprar algo desejado ou fazer aquela viagem que o orçamento não permitia é ótima, mas, se não for usada com bom senso, vai comprometer tanto a renda que não vai sobrar nem para os remédios”, alerta o coordenador da área de crédito consignado do Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas do INSS, Gentil Fernandes.

Na avaliação da assessora jurídica da Associação Nacional dos Consumidores de Crédito (Andec), Lilian Salgado, a opção esconde perigos e requer cuidados na hora da contratação.

“Muitas instituições têm desrespeitado o limite de até 30% e, com isso, o aposentado acaba pegando vários empréstimos e comprometendo toda a renda. É preciso melhorar a comunicação entre os bancos para impedir isso”, destaca Lilian.

Segundo a advogada, outro grande risco é a contratação por terceiros. “Muitos filhos e netos coagem os pais e avós a pegar os empréstimos na promessa de pagar e, depois, não o fazem”, comenta

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