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Imprensa
Setor de Cartões de Crédito quer ampliar seu uso em 2007

Jornal DCI 09/01 - Vanessa Correia                                              

O mercado de cartões de crédito, débito e private label, conhecidos como cartões de lojas e de redes de varejo, continuará aquecido em 2007. O segmento, que cresce dois dígitos anualmente desde 2000, deverá repetir o mesmo desempenho este ano.

“Se continuar avançando no mesmo ritmo dos últimos anos, a perspectiva é de que, nos próximos 10 anos, o mercado de cartões do Brasil alcançará patamar semelhante ao dos Estados Unidos, onde o pagamento de 35% do consumo privado é feito com plásticos”, afirma Antônio Rios, diretor de Marketing da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Ele conta que, para manter este desempenho, as empresas participantes do mercado de meios eletrônicos de pagamento desenvolvem, constantemente, esforços e campanhas para atrair cada vez mais estabelecimentos para aceitarem cartões.

“Atualmente, a rede de aceitação conta com mais de 1 milhão de estabelecimentos. Todavia, as credenciadoras estão atentas aos setores e às localidades onde a aceitação do cartão ainda é considerada baixa, buscando desenvolver trabalhos específicos para incrementar o uso desse meio de pagamento”, destaca Rios.

Em dezembro, a Visa do Brasil lançou uma parceria com as operadoras de TV por assinatura Sky e DirecTV. Os clientes podem efetuar o pagamento da fatura com cartão de crédito até março deste ano. “Somadas, as empresas possuem, aproximadamente, 1,5 milhão de clientes. Podemos atingir uma grande parcela desse número”, conta Luís Cássio de Oliveira, diretor de promoções da Visa do Brasil.

Além disso, a empresa, que já possui um projeto piloto em Porto Alegre para o pagamento das despesas com táxis comuns através de cartões de crédito e débito, planeja disponibilizar a tecnologia nos táxis de São Paulo já no início deste ano.

A empresa também fechou recentemente uma parceria com a Brazil Connection — na qual os entregadores da empresa levarão um point of sale (POS) móvel para os clientes efetuarem o pagamento das compras. Além disso, a bandeira possui um projeto piloto com o Bradesco para a distribuição de cartilhas informativas a moradores de regiões afastadas dos grandes centros urbanos.

O diretor de promoções da Visa conta que o processo de levar o conhecimento do uso dos cartões em regiões mais afastadas já tem duração de dois anos.

“A primeira etapa do processo era a de interiorização. Em um segundo momento, queríamos ampliar a utilização do plástico em periferias de grandes cidades e por último, fase que estamos atualmente, queremos atingir todos os municípios do Brasil com a instalação de um point of sale (POS)”, afirma.

Quanto a parceria com a Brazil Connection, Oliveira conta que a Natura já possui um projeto piloto parecido. “O projeto já tem duração de três anos. Mas esse tipo de ação exige muito controle da Visanet, a fim de saber como está a utilização dos POS móveis”.

Mercado

Dados da Abecs apontam que o valor das transações efetuadas com cartões de crédito, débito e cartões de lojas e redes varejistas deverá atingir R$ 244,3 bilhões em 2006, alta de 20% se comparado com o mesmo período do ano passado, quando foi transacionado R$ 203,2 bilhões.

Do total movimentado em 2006, R$ 150,1 bilhões foram feitos através de cartões de crédito, R$ 68,5 bilhões com plásticos com a função débito e R$ 25,7 bilhões com cartões private label.

Ao final de 2006, o número de transações chegou a 4,3 bilhões, enquanto em 2005 foram 3,7 bilhões, ou seja, um aumento de 18%.

Já em número de cartões, a Abecs estima que 2006 tenha terminado com 379 milhões de plásticos em circulação no Brasil, montante 12% maior se comparado ao mesmo período de 2005. Desses, 78 milhões serão cartões de crédito, 189 milhões cartões de débito e 112 milhões serão cartões de loja e de rede.

Camilla Mara Vargas Araújo, analista setorial da Lafis Consultoria, afirma que para incentivar a utilização de plásticos, o mercado terá que aumentar o número de POS espalhados pelo País, reduzir os juros cobrados dos portadores de cartão e incentivar o parcelamento das compras em mais vezes, mesmo em estabelecimentos de menor porte.

“Além de ampliar a base, os participantes do mercado de cartões terão que ampliar a capacidade de utilização dos plásticos”, destaca a executiva.

Cartões de loja

Outro movimento que continuará aquecido em 2007 são as parcerias entre banco e varejo. Algumas redes, como Renner, Riachuelo e Lojas Marisa, ainda despertam o interesse das instituições financeiras e mantém o mercado de olhos abertos.

A Losango, braço financeiro do HSBC, fechou 13 acordos com redes de varejo para oferecer um cartão com bandeira Visa, apenas este ano. A mais importante delas foi com rede Ricardo Eletro.

Já a o banco Bradesco e a Finasa possuem 6,5 milhões de cartões de crédito com o varejo e a meta é encerrar este ano com 8 milhões de plásticos. A maioria dos cartões — 2,5 milhões —, foi emitida em parceria com a Lojas Leader, cerca de 1 milhão de cartões são em parceria com a Casas Bahia e outro milhão com a rede de supermercados G. Barbosa. Outra rede que tem acordo com o Bradesco é a Cooperativa de Consumo (Coop).

Somadas, as instituições mantém acordos com 21 varejistas sendo oito operações de convênio para crediário e 14 operações só de cartão de crédito.

O Banco do Brasil também fechou parceria com a Rede Bistek de Supermercados, além das Lojas Maia, para o lançamento de um cartão private label. Já Unibanco, juntamente com seu braço financeiro Fininvest, efetivou um acordo com a Super Marca, maior central de compras de supermercados de São Paulo, para a distribuição de cartões de loja. O banco também administra uma base de 3,6 milhões de cartões da rede Wal-Mart.

Por fim, o Banco Itaú, que é sócio do Pão de Açúcar em uma financeira e possui uma base de quatro milhões de cartões nesta parceria, lançou um cartão private label com a Lojas Americanas no início do segundo semestre de 2006.

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