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Imprensa
Varig cancela dezenas de vôos e novos donos mantêm suspense

Um dia após a Justiça aceitar a venda da Varig para um consórcio formado por seus próprios funcionários e investidores estrangeiros, a empresa aérea já cancelou dezenas de vôos domésticos e internacionais.

A Infraero (empresa que administra os aeroportos brasileiros) informou que desde as 8h de ontem a empresa já cancelou 87 vôos. A Varig não confirma o número.

Para quem tem passagem da Varig, a Infraero disponibiliza em seu site a situação de cada vôo da empresa aérea . A empresa informa que tem recolocado todos os passageiros que tiveram vôos cancelados em aviões da própria Varig ou de outras companhias.

Se isso não acontecer, o Procon-SP informa que o passageiro deve registrar reclamação nas seções da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) nos aeroportos ou em um órgão de defesa do consumidor de sua cidade. O mesmo procedimento pode ser encaminhado ao Poder Judiciário.

A Varig tem cancelado dezenas de vôos nas últimas semanas devido à falta de aeronaves. A Justiça dos EUA determinou há pouco mais de dez dias que a empresa devolva sete aviões para a Boeing. Além disso, mandou que outras nove aeronaves deixem de voar a partir de hoje, às 12h, para passarem por manutenção antes de serem devolvidas a outra empresa de leasing, a ILFC.

Ontem, o juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial, aceitou a proposta de compra de R$ 1,010 bilhão feita pelos trabalhadores ligados ao TGV (Trabalhadores do Grupo Varig) e estabeleceu o prazo de depósito de US$ 75 milhões até sexta-feira para concretização da venda.

Os trabalhadores, que dizem estar consorciados com investidores ainda não-revelados, dizem que têm condições de efetuar o pagamento, mas afirmam esperar pela ajuda do governo.

Márcio Marsillac, coordenador do TGV, disse ontem que espera a ajuda do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para o pagamento da US$ 75 milhões caso os investidores não tenham tempo suficiente para liberar os recursos requeridos pela Justiça e com aporte de US$ 150 milhões, que seria o capital de giro estimado para a Nova Varig operar num primeiro momento.

Segundo Marsillac, com a ameaça de retomada de aviões por parte de empresas de leasing, os trabalhadores querem implementar um plano de contingência para evitar a apreensão das aeronaves, o que reduziria ainda mais os vôos da companhia.

Segundo ele, a Varig operaria com 30 aviões e deixaria outros 19 no solo para evitar a retomada por parte de arrendadores.

O plano ainda depende de negociações entre os trabalhadores, a Casa Civil, as estatais e a administração da companhia, uma vez que o comando da Varig só passa aos trabalhadores após o pagamento da parcela de US$ 75 milhões. A partir de hoje já haverá reuniões da TGV para analisar esse plano de contingência.

Ayoub disse que se dinheiro não for apresentado à Justiça, ele poderá realizar outro leilão da Varig.

Esses US$ 75 milhões deverão ser usados para pagar fornecedores da empresa aérea, como as estatais BR Distribuidora (combustíveis) e Infraero (empresa que administra aeroportos), e também empresas estrangeiras de leasing (arrendamento) de aviões.

Fonte: Folha Online

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