Área exclusiva de acesso do associado ANEPS. Para acessar a área restrita da CERTIFICAÇÃO, CLIQUE AQUI

Imprensa
Lojas Renner estréia no crédito pessoal

Especializada na venda de vestuário e acessórios, a Lojas Renner estréia segunda-feira no segmento de produtos financeiros com a oferta de crédito pessoal e títulos de capitalização para seus clientes. As operações iniciarão pela loja de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, e depois de uma semana de testes serão estendidas gradativamente para toda a rede no país nos próximos 60 dias, disse ontem o diretor de relações com investidores da empresa, José Carlos Hruby.

Conforme o executivo, o crédito pessoal, que prevê também a concessão de limites para saques nos caixas das lojas, será oferecido por intermédio de malas-direta para parte dos 9 milhões de usuários do cartão Renner. A estimativa é que pelo menos 2 milhões de clientes, que representam metade dos cartões ativos (com compras realizadas nos últimos 12 meses), têm potencial para tomar empréstimos.

Hruby não revelou quais bancos irão fornecer o funding para os créditos, mas disse que a Renner poderá operar com até cinco instituições financeiras, dependendo da região do país. Já a oferta de planos de capitalização resulta de um acordo entre a varejista e o banco Icatu. Em junho ou julho a empresa pretende completar a carteira de produtos financeiros com a comercialização de seguros direcionados para o público feminino, que representa a maior parte da base de clientes. "A operação ainda está sendo desenhada", afirmou o executivo.

Conforme o diretor, as parcerias firmadas agora não eliminam a possibilidade de uma joint venture no futuro com um banco para financiar as vendas da Renner, nos moldes do que já fizeram outras instituições financeiras e grandes redes de varejo, como Colombo com o Bradesco, Magazine Luiza e Ponto Frio com o Unibanco e Pão de Açúcar e Lojas Americanas com o Itaú. O assunto, porém, só começará a ser estudado com mais profundidade nos próximos 60 ou 90 dias, depois de concluída a implantação dos novos produtos.

Hoje o cartão próprio responde por 75% das vendas da Renner, que geraram uma receita líquida de R$ 1,136 bilhão no ano passado, com alta de 19,1% sobre o ano anterior. Nas operações em até cinco parcelas, a empresa não cobra encargos e arca com os custos financeiros. Nas modalidades de seis a oito parcelas, que já representam cerca de 10% dos negócios com o cartão, o financiamento é feito em pacotes por diferentes bancos e os juros são de 4,5% ao mês.

Já o crédito pessoal terá taxas de 10% a 12% ao mês e a rentabilidade será dividida entre a Renner e os bancos parceiros, explicou Carlos Hruby. A expectativa é que o tíquete médio das operações oscile entre R$ 700 e R$ 1 mil, com prazos de pagamento de até 12 meses, ante R$ 100 das vendas médias de produtos de vestuário.

Com valores e taxas mais elevados, os produtos financeiros apresentam "boas perspectivas" de rentabilidade, disse o diretor. O fundamental, entretanto, será administrar com precisão o risco das operações para evitar que a inadimplência não "vire o jogo", afirmou. No segmento principal de atuação da Renner, os créditos vencidos há mais de 180 dias e considerados perdidos correspondem, em média, a cerca de 4% das vendas, calculou o executivo.

Depois de encerrar 2005 com 66 lojas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal, a Renner inaugura hoje mais dois pontos, desta vez em Pernambuc um em Recife e outro em Jaboatão. Em abril serão abertas outras duas lojas em Fortaleza (CE) e no segundo semestre uma em Salvador. Até o fim do ano a rede chegará a 78 unidades.

Fonte: Valor Econômico

RECEBA NOSSAS NOVIDADES

Este site usa cookies para fornecer a melhor experiência de navegação para você. Para saber mais, basta visitar nossa Política de Privacidade.
Aceitar cookies Rejeitar cookies