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Imprensa
Juro americano e cenário político estão no centro das atenções

A atenção dos promotores financeiros nesta semana estará direcionada à reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), que começa hoje e termina amanhã. Mais do que o resultado, para o qual é projetado um aumento de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros norte-americana, atualmente em 4,50% ao ano, o mercado aguarda pelo comunicado que será divulgado com a decisão, em busca de sinais sobre os próximos passos do Fed.

O conteúdo da nota da autoridade monetária da maior economia do mundo guiará a avaliação dos investidores aos dados posteriores, entre os quais se destacam: o Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do quarto trimestre de 2005, na quinta-feira; e os números de gasto e renda do consumidor de fevereiro, na sexta-feira. O efeito de tais indicadores sobre a taxa dos títulos públicos do governo norte-americano deve influenciar o humor dos mercados globais, inclusive dos pregões brasileiros.

Nesta segunda-feira, a agenda de divulgações conta com os tradicionais dados semanais da balança comercial brasileira e da pesquisa Focus do Banco Central (BC). O Tesouro Nacional também informa hoje o resultado primário do Governo Central de fevereiro, que engloba o Tesouro, a Previdência Social e o BC. O cenário político também deve continuar influenciando o humor do mercado nesta sessão.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva realiza reunião do gabinete de crise (o grupo de coordenação política ampliado), no Palácio do Planalto, nesta tarde para tratar do futuro do ministro da Fazenda, Antonio Palocci. De acordo com notícias publicadas na imprensa, Lula se reuniu com Palocci ontem e a decisão de sua saída já teria sido tomada. Também deve ser acompanhado o depoimento do presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, na Polícia Federal (PF), sobre o caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Fonte: Folha Online

Em entrevista à imprensa, o vice-presidente da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi), José Arthur Lemos de Assunção, afirmou que “o débito em conta já é praticado principalmente em empresas públicas e que os juros caem pela metade. Para se ter uma idéia, os juros para o crédito pessoal nas lojas estão, em média, a 10% ao mês e para os funcionários públicos com desconto em folha de pagamento caem para 4,5% ao mês”.

Para o presidente da Acrefi, Ricardo Malcon, “o desconto em folha traz para as financeiras a vantagem de uma redução da inadimplência, o que possibilita a prática de juros menores. Malcon observa, no entanto, que, no caso de funcionários públicos, existem governos estaduais e prefeituras que proíbem a prática do desconto dos empréstimos em folha”.

A proposta da CUT deverá ser analisada na próxima semana, em reunião do ministro da Fazenda, Antonio Palocci com os representantes das instituições financeiras. Malcon acredita que um decreto presidencial poderia normatizar o desconto em folha de pagamentos dos funcionários públicos em todo o País.

De acordo com o diretor do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, “o desconto em folha de pagamentos já é praticado em alguns casos, com destaque para o setor público, mas não resolve a questão macroeconômica de redução nos "spreads" para todas as operações do mercado financeiro”.

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