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Bradesco adota novo modelo e consignado cresce 10%

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BRADESCO ADOTA NOVO MODELO E CONSIGNADO CRESCE 10%

Jornal Brasil Econômico 31/05/2012

Promotores terceirizados foram retirados das agências a partir de abril e fazem oferta do empréstimo com desconto em folha, apenas no ambiente externo, melhorar o desempenho.

O Bradesco decidiu alterar a sua estrutura de correspondentes bancários e retirou de todas as suas agências os promotores terceirizados que faziam a oferta de empréstimo consignado. O resultado já surgiu: aumento de 10% no volume das concessões.

Essa variação é a soma das novas operações feitas por funcionários dos bancos dentro das agências e pelos promotores, que atuam em ambiente externo como lojas próprias das empresas de correspondentes.

"Como nossa operação com correspondentes nas agências era muito grande não podíamos depender de prorrogações, então optamos por uma nova estrutura sem a figura desse promotor", explica o diretor da Bradesco Promotora, Fernando Perrelli.

O executivo se refere a uma incerteza que existe desde o final do ano passado, quando o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabeleceu que a partir do dia 2 de janeiro de 2012 a presença desses promotores, funcionários das empresas de correspondentes, nas dependências bancárias estaria proibida.

Com as reclamações das empresas do setor, que alegaram que mais de 30 mil poderiam perder o emprego, a data foi prorrogada para o dia 31 de março. Uma solução não foi encontrada e houve o estabelecimento de um novo prazo (31 de outubro).

De acordo com Parrelli, a expectativa do banco era de que houvesse uma perda no volume de operações. No entanto, como os promotores começaram a explorar mais um público que não chegava até as agências, houve o aumento das concessões em relação à média feita até o dia 31 de março.

Já promotores que atuam nas agências do Santander entraram em contato com o Brasil Econômico e afirmaram que a empresa de correspondente bancário da qual são empregados e o banco não esclareceram até quando poderão trabalhar nas dependências da instituição financeira. Procurado, o banco não se manifestou sobre o tema.

As empresas que prestam serviços de correspondentes bancários e que alocam parte de seus funcionários em instituições financeiras esperam uma solução para esse impedimento.

"Ainda temos a esperança de ter uma regulação específica", afirma o presidente da Associação Nacional das Empresas Promotoras de Crédito e Correspondentes (Aneps), Edison Costa.

O dirigente espera que a resolução que trata do assunto seja alterada e permita ao menos a presença de promotores de venda para a oferta de crédito consignado aos beneficiários do INSS.

"Esse público precisa de um atendimento especial. O promotor fica o mês todo dedicado a isso enquanto o bancário tem outras atribuições", diz.

Popularmente esses promotores de venda são conhecidos como "pastinhas", mas Costa rechaça esse termo porque acredita ter um teor negativo. "Os promotores têm vínculo com a empresa e os pastinhas não. Os pastinhas em geral são os que estão envolvidos em fraudes e os promotores trabalham em um ambiente controlado", defende.

Além do risco de demissões, Costa afirma que a incerteza sobre o futuro desses promotores reduziu a demanda para o processo de certificação instituído em meados do ano passado.

Isso porque o BC estabeleceu que a partir de fevereiro 2014 todos os promotores de crédito de correspondentes bancários precisam passar por uma certificação, que consiste em uma prova com conhecimentos sobre os sistemas financeiros e operações de crédito.

A Aneps desenvolveu um programa e cinco mil promotores foram certificados. "Mas a demanda deu uma esfriada porque eles temem perder o emprego. Se não fosse esse impedimento, o número seria três vezes maior", diz.

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