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Imprensa
Penhor e consignado têm juros mais baixos no mercado

Rio - Empréstimo pessoal, crédito rotativo ou consignado? Qual a melhor opção para o consumidor conseguir dinheiro com juros mais em conta para pagar dívidas e sair do vermelho? O DIA consultou especialistas e constatou que duas alternativas são mais viáveis para a troca de débitos: penhor de joias da Caixa Econômica Federal e empréstimo consignado, que é descontado diretamente no contracheque. 

 

As taxas cobradas pela Caixa na avaliação do objeto que será usado como garantia no empréstimo estão em 2,10% ao mês. Já o crédito consignado tem juros que vão de 1,40% a 2,14% ao mês, que é o limite que os bancos têm permissão para cobrar por esse tipo de operação financeira para aposentados do INSS. 

 

Os juros dos empréstimos pessoais ficam, em média, em 8,28% ao mês, segundo dados do Banco Central. O vilão é o cheque especial tem as taxas mais “salgadas”: 13,48% ao mês.

 

“O penhor é a melhor solução de crédito por ter uma taxa mais acessível e o cliente não precisa passar por análise de crédito”, avalia Melissa Gonçalves Giglio, gerente regional da Caixa. 

 

Para saber qual o tipo de operação contratar, o especialista em finanças do Ibmec e da Fundação D. Cabral, professor Gilberto Braga, fez uma análise das taxas praticadas no mercado, segundo dados dos BC, tendo como base quem pega R$ 1 mil para pagar em 12 vezes. 

 

No empréstimo consignado, por exemplo, o cliente terá desembolsado no final do contrato R$ 1.143,84. Quem pensa em fazer empréstimo pessoal em bancos privados ou públicos paga juros médios de 8,28%. Neste caso, a dívida de R$ 1 mil sobe mais de 50%: o valor final vai a R$1.615,56.

 

No caso do penhor da Caixa, o consumidor que conseguir R$ 1 mil na avaliação do bem vai pagar R$ 1.141,68. O pagamento pode ser feito mensalmente (de 30 dias a 60 meses) ou a cada seis meses (180 dias), que é prazo máximo. Mas o que pode ir para o prego? “Joias em ouro — como alianças, correntinhas, brincos ou braceletes —, pedras preciosas, relógios e canetas, por exemplo”, informa Melissa. 

 

“Pratarias também podem ser empenhadas. Muitas pessoas têm esses objetos em casa e não sabem que eles podem ser penhorados”, diz ela. “O banco empresta de 10% a 85% do valor da avaliação, que é feita na hora”, conta Jucilene Alexandre, gerente da Caixa.

 

Não há limite para esse tipo de operação e o empréstimo é liberado na hora. O cliente pode levar o dinheiro ou, se for correntista da Caixa, é feito depósito em conta. 


“É preciso desmistificar a visão que as pessoas têm do penhor. Somente se ‘perde’ a joia em caso de inadimplência. Caso os pagamentos sejam feitos, não há esse risco. Muito pelo contrário: é possível, inclusive, renovar o contrato”, diz Melissa Giglio.

 

CDC pode ser uma das alternativas

Na impossibilidade de conseguir um empréstimo consignado, a empresária Juliana Neto, 31 anos, contratou um Crédito Direto ao Consumidor (CDC) para investir em um hostel de sua propriedade na Urca. “Em dois meses vamos abrir o Quintal da Urca (nome do hostel)”, comemora Juliana, que trocou Brasília pelo Rio. 

 

A taxa média do CDC na Caixa, por exemplo, varia de 3,18% a 5,70% ao mês, informa a gerente de atendimento da agência Avenida Rio Branco, Cristiane Caruso. O Quintal da Urca fica na Avenida Portugal 96, no bairro de mesmo nome, na Zona Sul. 

 

Para aposentados e pensionistas do INSS a saída para “trocar” ou quitar a dívida pode ser o crédito consignado, que tem os juros mais baixos do mercado. As taxas variam de 1,40% a 2,14% ao mês entre os bancos conveniados com a Previdência. O segurado pode consultar na internet qual instituição financeira oferece empréstimo e os juros no site www.previdencia.gov.br. 

 

Para não entrar em roubada, é importante consultar a tabela antes de fechar contrato com um dos 41 bancos conveniados. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica, por exemplo, têm taxas que vão de 1,62% a 1,91% ao mês para empréstimos de um a 15 meses. Ou de 1,85% a 2,05% ao mês de 16 a 30 parcelas. 

 

Já nos bancos privados, Itaú é o que têm juros mais atrativos, com 1,40% ao mês a 2,08%, em períodos similares aos dos bancos públicos. As taxas contemplam todos os custos das operações de empréstimo com desconto em folha, ou seja, o gasto efetivo do crédito.

 

Consumidor desconhece valor cobrado de taxa de juros

Embora os juros sejam o principal temor dos usuários de cartão de crédito, 59% dos consumidores desconhecem as taxas cobradas em caso de atraso no pagamento da fatura. O dado faz parte de estudo do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). 

 

A pesquisa mostra também que 43% dos donos de cartão concordam com as novas regras do Banco Central (BC), válidas desde abril, que impedem o consumidor de permanecer no crédito rotativo por mais de 30 dias quando é pago o valor mínimo da fatura. Para eles, as novas regras foram impostas porque os juros cobrados pelos bancos são abusivos.

 

Entre os entrevistados, 38% já ficaram, em algum momento, com o “nome sujo” por não pagar a fatura e 11% disseram estar com parcela em atraso. A pesquisa apontou ainda que para 90% dos consumidores, o uso de cartão de crédito impõe riscos à vida financeira das pessoas. Os motivos apontados para que ele seja visto como ameaça são os juros altos (40%), o risco de clonagem (31%) e o incentivo às compras impulsivas (27%).

 

A pesquisa ouviu 601 consumidores nas 27 capitais do país. A margem de erro é de quatro pontos percentuais e a margem de confiança é de 95%.

 

O estudo mostra ainda que 57% não controlam de maneira adequada os gastos feitos com o cartão de crédito. Entre as formas usadas para acompanhar as compras estão consultar pela internet a fatura antes do fechamento (28%); ler a fatura depois que foi fechada (15%) e fazer o controle de cabeça (13%). 

 

Apenas 1% dos usuários disse não fazer nenhum acompanhamento. O controle total e sistemático é feito por 38%.
 
 

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